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O caso Ana Paula, desde a chacina da Rua Dr. Beda, nos anos 70, quando uma família foi assassinada friamente, talvez seja um dos crimes que mais chocou Campos. Na Rua Dr. Beda foram quatro mortes e o caso Ana Paula, uma única vítima.
A chacina da Rua Dr. Beda tinha por trás a filha do primeiro casamento de um comerciante. Não houve passionalidade e sim ganância. O objetivo era a herança. No caso Ana Paula, embora tenha tudo sido premeditado, não há motivação por dinheiro.
Uma passionalidade fria onde a cunhada, que amaria o marido da vítima, arquitetou tudo, encomendando a morte daquela que seria além do parentesco de convenção, sua melhor amiga.
Embora planejados e por consequência premeditados, tanto a chacina da Rua Dr. Beda quanto o caso Ana Paula, deixaram rastros que permitiram que a polícia encontrasse rapidamente os culpados.
No caso Ana Paula, segundo a polícia, a cunhada encomendou o crime, a partir de um atravessador que contratou dois homens pelas redes sociais ao preço de R$ 2,5 mil.
O amadorismo foi tanto que um dos criminosos em seu perfil do Facebook, anunciava que trabalhou na empresa “tráfico de drogas”, e depois postaram fotos com o dinheiro recebido pela contratante na forma de um leque de notas de R$ 100.
A bancária Luana Sales, mentora intelectual de todo esse sórdido crime, foi de uma frieza glacial ao levar a vítima ao encontro dos assassinos. Teve um pouco de atriz ao se deixar fotografar ao lado do corpo ainda com vida, cuja morte cerebral seria atestada dias depois.
Não é apenas mais um crime para comentar. É um crime que assusta, nos dando dor de cabeça, ânsia de vomito ou os dois.