×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Histórias da Defensoria serão contadas em livro

Thiago Abud relata bastidores da Defensoria Pública, onde atua há mais de 10 anos e conta os 20 principais casos

Campos
Por Redação
8 de agosto de 2017 - 19h33
Defensor público, Tiago Abud da Fonseca (Foto: reprodução)

Defensor público, Tiago Abud da Fonseca (Foto: reprodução)

Ainda sem um título definido, o Defensor Público Thiago Abud da Fonseca está dando tratamento final a um livro que vai contar curiosas, dramáticas e engraçadas histórias que transcorreram nos corredores da Defensoria em Campos e em outros municípios.

Considerado um Defensor Público incansável no desempenho de suas funções, Thiago Abud tem se notabilizado por sua vocação. Respeitado pelos colegas, ele é sempre consultado quando o assunto é a defesa alheia. Ao longo de um bom tempo ele começou a vasculhar a memória e documentos e fez uma coletânea de histórias. Ao todo, vinte. Agora, tudo está sendo colocado no papel.

Segundo Tiago Abud, a motivação para escrever o livro veio do fato de que essas histórias deveriam se tornar públicas embora cercadas de alguns cuidados. — Duas são as razões que motivam: mostrar o sistema de Justiça, com o olhar de alguém que o vê de dentro para fora e fazer com que diversas histórias não se percam no tempo. Tudo isso em uma linguagem para ser compreendida pelo público em geral, sem a carga do linguajar jurídico — disse Tiago. O Defensor acrescenta que são “ histórias engraçadas e dramáticas. Verdadeiras e fictícias. Vividas por mim ou por terceiros. O mais importante é que o leitor, leigo, possa ter a compreensão dos múltiplos fatores que podem corroborar para a tomada de uma decisão judicial. Medo, paixão, ira, preconceito, venalidade, humor, complacência, vaidade, por exemplo, podem ser o motivo escondido de uma decisão, a despeito da lei escrita e do fundamento utilizado”, afirmou.

O defensor esclarece que as pessoas envolvidas nestas histórias terão os nomes preservados por questões diversas, como reza não só a regra do Direito, mas também da literatura, quando não se trata de biografia ou de publicação de historiadores. -Nas histórias verdadeiras todos serão preservados. O mais importante são os casos e suas conclusões, que vão além dos personagens. Algumas delas aconteceram em Campos, outras em outros lugares e outras só na minha cabeça. Espero que o leitor se sinta seduzido pela trama dos casos e pelo enfoque de um sistema para ele desconhecido, independente se os fatos ocorreram ou não. O que menos importa é o local onde se deram.

Tiago Abud admite que fazer um rol dessas histórias demandou tempo porque era um grande manancial delas. Consultou outros colegas Defensores Públicos até chegar ao que considera o ideal. – São várias histórias. Logo, escolher vinte está sendo bem complicado, já que essa seleção é permanente. Não podemos esquecer que atrás de cada capa de processo e das folhas que o compõe existem pessoas. A Justiça é para servir as pessoas e a vida em sociedade. Do contrário ela não tem sentido. Humanizar as histórias é humanizar a própria Justiça, o que deveria ser tarefa de todos que com ela operam.

Por outro lado existem histórias curiosas nos Bastidores da Defensoria que não foram evitadas, mas que Tiago Abud preferiu deixar para depois. — Há histórias que ficaram para depois. Se é que irá existir um segundo momento. O enfoque desse livro são casos criminais. Há outros ramos do Direito em que atuei com outras tantas histórias muito ricas, naquilo em que elas têm de melhor, a busca pela compreensão da natureza humana —revelou. Abud acha que contar essas histórias de uma forma ou de outra significa preservá-las. — Contá-las é uma forma de preservá-las. Todavia, mais importante do que contar as histórias é buscar compreender alguns pontos da alma humana. Por outro lado, não há dúvida de que elas são muito boas para se permitir que fiquem no esquecimento — disse.

O Defensor Público pretende lançar o livro até o final deste ano, e admite a possibilidade de o lançamento alcançar outras cidades. — Um livro é como filho e nossos filhos são do mundo. Impossível prever o alcance dessas histórias. A expectativa é boa, porque as histórias nada devem ao que temos hoje nas livrarias sobre o sistema de Justiça. Certo mesmo é que desejo que o público em geral, do ramo do Direito ou fora dele, leia o livro — concluiu. Antabuse online acquire dopoxetine nolvadex online