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Motoristas de lotadas fazem manifestação no Centro contra fiscalização

Segundo os manifestantes, a ação determinada pelo MP tira o meio de trabalho de quem vive do transporte irregular

Geral
Por Marcos Curvello
21 de julho de 2017 - 13h05
(Foto: JTV)

(Foto: JTV)

Motoristas de lotadas realizaram, na manhã desta sexta-feira (21), uma manifestação contra ação de fiscalização do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) de Campos, que teria resultado na apreensão de veículos. Durante o ato, eles interditaram a Avenida Nelson de Souza Oliveira, próximo ao terminal urbano do Centro, e pediram a legalização da atividade.

Durante a operação, o IMTT contou com o auxílio da Polícia Militar (PM). Os militares garantiram a segurança dos agentes e fizeram vistorias em busca de armas e drogas nos automóveis abordados. Até a última atualização desta matéria, o número de carros apreendidos ainda não havia sido divulgado.

De acordo com os motoristas, porém, a ação tira o meio de trabalho de quem vive do transporte das lotadas.

“Não tem serviço. Se a gente roubar, prendem a gente. Aí, arrumamos uma forma de trabalhar e eles tomam nossos carros”, disse um dos manifestantes. Outro afirmou que anda com a documentação do automóvel em dia. “Tenho carteira de motorista, o veículo está com os impostos pagos. Estou sem trabalho e tenho uma filha que preciso alimentar”.

De acordo com o Ministério Público (MP), que determinou a fiscalização das lotadas, o transporte remunerado de passageiros em carros particulares é ilegal. O artigo 231 do Código de Trânsito Brasileiro estabelece o “transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado para esse fim” como infração média, que pode render multa e retenção do veículo.

Legalização — De acordo com Priscila Pereira, de 29 anos, que trabalha atua como uma espécie de fiscal das lotadas, registrando a chegada e a saída dos carros, o objetivo do grupo é se legalizar e que uma reunião com o poder público municipal chegou a acontecer no início do ano.

“Tivemos um encontro com representantes da Prefeitura no dia 2 de janeiro. Participaram o IMTT, a Guarda Civil Municipal (GMC), a superintendência de Postura e representantes das lotadas do Jardim Carioca, Pecuária, Parque Prazeres, Santa Rosa e Calabouço. Nos foi pedida a elaboração de um projeto e uma nova reunião foi marcada para o dia 24 seguinte. Mas, quando chegamos na Prefeitura, não fomos recebidos. Depois de mais de uma hora esperando, fomos comunicados de que o encontro havia sido cancelado”, conta, que acrescenta: “A gente quer uma solução. E se não aparecer uma, vamos voltar a fechar ruas e avenidas de Campos.

Em nota, o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) informou que as ações de fiscalização para coibir o transporte clandestino foram iniciadas em março deste ano e tem sido realizadas semanalmente. O presidente do órgão, Renato Siqueira, explica que trata-se de operações sigilosas e, para que surta o efeito planejado, é importante que não sejam divulgadas no momento.

O IMTT recebeu nesta sexta (21) uma comissão de membros do segmento. Na conversa, foram explicadas as três formas de atuação no transporte público regulamentado no município: táxi, van e ônibus. Para proteção ao usuário do transporte, é necessário que sejam utilizados tais transportes. O IMTT informou ainda que os profissionais quando qualificados podem buscar oportunidades nestas modalidades e que há casos de vans e táxis em que há apenas um motorista registrado no IMTT, quando poderiam haver três.

Durante a reunião, o órgão lembrou que estaria aberto a receber propostas de projeto alternativo, a ser apresentado pelos motoristas do transporte não regulamentado para ser discutida a sua viabilidade no âmbito executivo e legislativo, como informado desde janeiro deste ano. De imediato, o IMTT se coloca como facilitador no âmbito do executivo buy dopoxetine online Antabuse online nolvadex without prescription