Desde seu surgimento na Califórnia até a inclusão nos próximos Jogos Olímpicos, a modalidade se desenvolveu e conquista cada vez mais adeptos. Há 15 anos, Luciano Paes, já não consegue enxergar a vida sem o skate. É sustento, meio de transporte, refúgio, uma forma de relaxar. A profissão escolhida pelo atleta não poderia ser outra senão uma que envolvesse o esporte. Ele é professor de Educação Física, atua como personal trainer e coordena dois programas, um de skate e outro de futsal. Aliás, Luciano também despontou nos gramados, no entanto, com a morte do pai, optou por ficar em Campos com a mãe e desistiu da carreira de jogador de futebol.
E é na única pista de skate existente em Campos – inaugurada em 1991 e, na época, considerada uma das melhores do país por causa da transição (formato da rampa) – que Luciano transmite tudo o que sabe sobre esta modalidade. “Este governo (municipal) abriu as portas para tudo o que é importante à população. Mesmo com todas as dificuldades financeiras, a Funda- ção de Esportes nos recebeu, ouviu nossa solicitação de reativar a pista e nos deixou à vontade para conseguir com a iniciativa privada o que o poder público não pudesse atender, a princípio”.
Cerca de 15 crianças são aprendizes de skatista, duas vezes por semana, na Praça da República, no Centro. “Nunca pensei em formar atletas. Trabalho para formar cidadãos, com disciplina, respeito, saber se comportar nos diferentes lugares. Assim como fui educado dentro de casa, procuro levar isso para as crianças dentro do esporte. Além disso, o mundo das drogas está pegando as crianças de uma forma covarde. No esporte, essa crianças têm como crescer e não entrar em um possível caminho ruim”, ressalta Luciano.
O professor lembra que o projeto oferece todos os equipamentos necessários à iniciação da modalidade. Vida e skate se misturam “Skate é o meu esporte mais completo. É o que eu consigo extravasar, me divertir, relaxar. Tem o dia que preciso suar, ir na esquina comprar pão, competir, usar como meio de transporte…Minha vida tem vários momentos e o skate é minha vida”.
]Há alguns meses, Luciano está tentando incluir o skate no mar. “Vou fazer o kiteskate (fazendo alusão ao kitesurf)”. O esporte, hoje, paga as minhas contas. Graças a Deus consigo viver em torno do skate, desde a renda ao lazer”, conclui, orgulhoso. Projeto nos bairros A ideia de Luciano é levar a prática do esporte as comunidades carentes de Campos. “Se a quadra da comunidade for lisa, é possível fazer a iniciação no skate, por exemplo. Depois, levamos obstáculos. No entanto, queremos construir rampas para, por meio do esporte, mostrar para a garotada que é possível ter uma vida diferente da realidade que eles vivem”.
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Segundo Luciano, uma candidata à prefeitura, durante campanha eleitoral em 2008, teria prometido construir uma pista de skate no Parque Alberto Sampaio. “Acreditamos na promessa, apresentamos um projeto, chegamos até a limpar a área. Porém, todo o trabalho foi em vão. Não passou de uma promessa de campanha, infelizmente. Mas, nesse governo, fomos muito bem recebidos e o projeto de construção de uma pista no Alberto Sampaio pode, finalmente, sair do papel. Mesmo com todas as dificuldades que a gente sabe que esse governo está enfrentando, voltamos a ter esperança”, destacou o atleta.
O skate nas Olimpíadas
Não restam dúvidas que o skate é considerado esporte. E ainda há muito espaço para ele, tanto nas ruas quanto nas competições tradicionais. Após muitas discussões, o skate estará nas Olimpíadas de Tóquio em 2020. Tido como um esporte “das ruas” e “alternativo”, “os rolés” poderão ser conferidos na próxima edição dos Jogos. A organização defende que o objetivo é engajar e aumentar a empatia com a competição entre os mais jovens. Segundo Luciano, vem disputa boa por aí!
Fotos: Silvana Rust lioresal without prescription generic Lasix