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Servidores e alunos fincam cruzes no campus da Uenf em novo ato de protesto

Ainda não há definição sobre o início das aulas do segundo semestre

Campos
Por Redação
7 de julho de 2017 - 15h34
Dezenas de cruzes foram fincadas no campus da Uenf (Foto: divulgação/Aduenf)

Dezenas de cruzes foram fincadas no campus da Uenf (Foto: divulgação/Aduenf)

Em um novo ato de protesto, servidores e alunos da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), cravaram dezenas de cruzes no campus na universidade, na manhã desta sexta-feira (7), em sinal de luto da comunidade acadêmica pela atual situação da instituição, que não recebe verba do governo do Estado desde outubro de 2015. De acordo com a Associação de Docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Aduenf), as dívidas da Uenf chegam a R$ 20 milhões. Enquanto isso, ainda não há definição sobre o início das aulas do segundo semestre.

De acordo com um dos diretores da Aduenf, Marcos Pedlowski, este foi um manifesto programado para receber o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social, Pedro Fernandes, que visitaria a universidade nesta sexta para participar do IX Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (Confict) e do II Congresso Fluminense de Pós-Graduação. Pedro Fernandes cancelou sua participação no evento e enviou a nova diretora da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Maria Isabel de Castro Souza.

Manifesto — acquire lioresal Os reitores e vice-reitores das universidades estaduais do Rio de Janeiro – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Uenf e Centro Universitário da Zona Oeste (Uezo) divulgaram um manifesto falando da situação caótica enfrentada pelas três instituições.

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“A Uerj, Uenf e Uezo vêm a público denunciar a deterioração progressiva das condições mínimas de funcionamento das três instituições. Desde julho de 2015, as dívidas com fornecedores e terceirizados vêm aumentando, haja vista a falta de pagamento por parte do Governo do Estado. Essa alta inadimplência afeta frontalmente a capacidade de as universidades exercerem suas funções de ensino, pesquisa e extensão, devido, por exemplo, à falta de insumos para as aulas práticas, seguro para os estudantes realizarem estágios curriculares, materiais de consumo e, inclusive, materiais simples de escritório. Também os serviços terceirizados, como limpeza, vigilância, coleta de lixo, restaurante universitário, entre muitos outros, estão seriamente ameaçados e, em alguns casos, completamente ausentes, contribuindo para a precariedade a que vimos sendo expostos. A falta de pagamento dos projetos de pesquisa outorgados pela Faperj agrava a situação, afetando diretamente a quase totalidade das pesquisas desenvolvidas nas universidades” disse o manifesto.

Ainda segundo o manifesto, outra situação grave é o atraso nos pagamentos dos salários e bolsas, que já se cronificou e atingiu um patamar insuportável para a maioria de nós. “(…) Esses atrasos trazem graves consequências aos servidores, que se veem endividados, muitos sem condições de prover as suas necessidades fundamentais, gerando altos níveis de estresse, entre outros problemas de saúde, agravados em muitos casos pela falta de recursos para a compra de medicamentos. O mesmo ocorre em relação às bolsas, aí incluídas as dos alunos cotistas. Mais que tudo isso, a constatação aviltante e reiterada de que alguns setores do funcionalismo estão recebendo em dia seus salários, sem parcelamentos ou atrasos, sugerindo que as universidades são as vítimas preferenciais desta crise, que afeta seletivamente mais alguns setores do serviço público do que outros. Nesse cenário, repudiamos, com veemência, a situação perversa e inadmissível como o Governo vem nos tratando e a nossas instituições estaduais”.

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Veja o vídeo em defesa da Uenf: