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Negligência da Petrobras causa interdição da P-35 na Bacia de Campos, diz Sindipetro-NF

O motivo foi o acidente ocorrido no dia 26 de junho que causou vazamento de água oleosa na plataforma e caiu no mar

Campos
Por ASCOM
6 de julho de 2017 - 13h08
(Foto: Divulgação)

(Foto: Divulgação)

A plataforma de P-35 foi interditada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), segundo informações da categoria, após acidente ocorrido no dia 26 de junho que causou vazamento de água oleosa na plataforma e caiu no mar. Ao não comunicar a interdição e parada da unidade ao sindicato a Petrobrás descumpriu o Acordo Coletivo de Trabalho.

“Nessas horas em que a ingerência é gritante e causa a interdição de mais uma plataforma, a empresa se cala sobre as tais “regras de ouro”, como se a gerência da UO-BC não fosse responsável por mais essa mazela que, não só trará prejuízos financeiros a empresa, como também colocou em risco a vida de centenas de pessoas” – diz o diretor do Sindipetro-NF, Tadeu Porto.

O vazamento interno no permutador nessa unidade é crônico e foi semelhante ao que causou a interdição da P-50 e a parada da P-54, ambos em abril desse ano. Esse problema em P-35 leva o gás para o sistema de água de resfriamento ou aquecimento, que também está contaminada com óleo.

Para Tadeu Porto, “Se a Petrobrás tivesse se atentado para o problema na P-50 e na P-54, poderia ter evitado o acidente da P-35 e, consequentemente, não teria arriscado a vida dos trabalhadores e nem o meio ambiente”.

A diretoria do sindicato tem denunciado exaustivamente que o baixo efetivo e a precarização das relações de trabalho tem levado a esses acidentes e reafirma que, se esse ritmo continuar, causará outra tragédia na Bacia de Campos.

“As três mortes da NS-32 em junho desse ano não foram coincidência e também são fruto da política entreguista e neoliberal que está sucateando nossa empresa mesmo com o alto custo das nossas vidas” – lembra Porto.

Compromisso pela vida

Na semana passada a categoria petroleira esteve reunida no CongreNF onde a temática da luta pela vida foi o principal assunto debatido. Durante o Congresso, as críticas ao sistema de consequências foram gigantes e referendadas pelos mais de 100 delegados eleitos em uma carta compromisso, principalmente por que eles são utilizados como ferramentas de assédio moral. A categoria petroleira tem visto que erros que colocam a vida de todos em risco são sistematicamente feitos pela gerência da Petrobrás que não sofre nenhuma punição.

“Está na hora de próprio Pedro Parente ser avaliado nas tais regras de ouro pela política nefasta que ele e a diretoria bem implementando que aumentou significativamente o número de acidentes com altíssimo potencial de risco a ponto de fazer o Sindipetro-NF recorrer à polícia para tentar barrar tais atrocidades” – conclui Porto.

Fonte: Sindipetro-NF