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Wladimir, filho de Garotinho e Rosinha, é obrigado a cumprir medidas cautelares

Ex-presidente do PR não pode se ausentar por mais de oito dias de Campos e nem manter contato com testemunhas e outros réus da ‘Chequinho’

Campos
Por Redação
4 de julho de 2017 - 16h38

Wladimir cumprirá medidas acutelares (Foto: reprodução/ Facebook)

Wladimir cumprirá medidas acutelares (Foto: reprodução/ Facebook)


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Assim como o pai Anthony Garotinho (PR), Wladimir Matheus foi obrigado a cumprir medidas cautelares na ação penal que responde por participação no esquema que usava o Cheque Cidadão para compra de votos nas eleições municipais de outubro de 2016. O Ministério Público pediu a prisão preventiva de Wladimir, mas a decisão do juiz da 100ª Zona Eleitoral de Campos, Ralph Manhães, proferida na segunda-feira (3), foi substituir a prisão por medidas cautelares que incluem proibição de se ausentar da cidade por mais de oito dias sem autorização prévia da Justiça e impedimento de manter contato com os demais réus e testemunhas da ação penal e das ações correlatas, com exceção de seu pai. O juiz aponta que o esquema deu prejuízo de R$ 3.600.000,00 por mês aos cofres públicos.

Wladimir, que é ex-presidente do diretório municipal do PR, também está impedido de frequentar a Câmara Municipal de Campos e terá que comparecer em juízo mensalmente, perante o cartório eleitoral, para informar e justificar as atividades, o que deverá ser feito até o dia 10 de cada mês.

“A autoria por parte do denunciado, neste momento de análise provisória, se mostra bastante razoável, sendo que o réu em questão tinha certa proeminência na gestão municipal passada em razão da sua ligação familiar com os dois principais gestores deste município, além do que os depoimentos colhidos no Inquérito Policial Federal 236/2016 e nas ações penais correlatas a esta indicam que o réu em voga participou de reuniões para o fim de deliberar sobre a distribuição do cheque cidadão e também da reunião ocorrida em um prédio próximo ao fórum, durante a noite, onde foi determinada a supressão de documentos públicos”, justificou o juiz responsável pelas ações penais decorrentes das investigações da Operação Chequinho, deflagrada pela Polícia Federal.

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Durante o despacho, o juiz também falou das provas apresentadas pelo Ministério Público, que constam nos autos do processo. “Os documentos apreendidos demonstram que houve um aumento ilegal de, aproximadamente, 18 mil beneficiários do referido programa, com o único objetivo de beneficiar certos candidatos no último pleito eleitoral, o que fere, frontalmente, o estado democrático de direito e seus princípios basilares”, pontuou.

Os prejuízos aos cofres públicos provenientes do esquema também foram apontados por Ralph Manhães. “Numa simples conta, as despesas do erário público, maculadas de desvio de finalidade, para custear os 18 mil beneficiários irregulares do programa cheque cidadão, cujo valor mensal de cada benefício é de R$ 200, montam em torno de três milhões e seiscentos mil reais por mês, o que representa um gasto anual, aproximado, de quarenta e cinco milhões de reais de dinheiro público para a eleição de alguns candidatos”, disse.

Wladimir informou que tomou conhecimento da denúncia pela Imprensa e, apesar de achar a decisão descabida, vai cumprir. “Levei um susto pois nunca respondi a uma ação na justiça. Decisão judicial não se discute. Achei estranho porque é como se eu tivesse que responder apenas por ser filho de quem sou. Vou cumprir, mas vou recorrer da decisão nos próximos dias”, afirmou.

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