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Editorial: o orgulho e a vergonha

O mesmo partido que defendia a Petrobras na condição de estatal, ao assumir o governo não cuidou da joia da coroa

Geral
Por Redação
11 de junho de 2017 - 0h01

order Lasix 56ace7398ad71c18626f1d16a87cc1aac5117b57POR ALOYSIO BALBI order nolvadex cheap Antabuse

Quando ameaçavam privatizar a Petrobras, a maior empresa brasileira, os políticos defensores da estatal levantaram a voz. A Petrobras, o orgulho nacional, que nos arremetia a Monteiro Lobato jamais poderia ser privatizada. O orgulho nacional não poderia ser colocado à venda. O mesmo partido que defendia a Petrobras na condição de estatal, ao assumir o governo
não cuidou da joia da coroa. A estatal passou a jorrar não mais petróleo, mais sim dinheiro em um dos maiores desvios de finalidades da história.

Isso passou a interessar também aos que defendem a privatização da Petrobras, e também ajudaram a sangrá-la. Quando ao invés do petróleo veio à tona o escândalo todos ficaram perplexos. Como puderam fazer isso com a empresa?

De orgulho nacional a Petrobras embora sem merecer — nem ela nem seu corpo de funcionários —, passou a ser uma espécie de vergonha nacional, abrindo caminhos para o sonho de uma banda podre que quer vê-la privatizada.

Tanto que a BR Distribuidora, a segunda maior empresa do país, filha da Petrobras, está sendo colocada à venda e pouco se fala disso.

A produção caiu na mesma medida da credibilidade. Prova cabal disso é a situação econômica do Estado do Rio de Janeiro e dos municípios produtores. O pré-sal ficou cada vez mais distante.

Fizeram a Petrobras chegar ao fundo do poço, no pior sentido da expressão. Esqueceram que para, essa empresa, orgulho nacional chegar até onde estava, muitos morreram em acidentes na Bacia de Campos.

Passado o escândalo a empresa tenta se recuperar e esboça uma reação, mas para voltar ao que era vai levar muito tempo. Então, precisamos começar pelo orgulho e não nos envergonharmos dela, e sim de cada um de nós por termos eleitos políticos sem vergonha, que não tiveram o mínimo pudor para extrair o máximo da empresa.

Vai levar algum tempo, mas o Brasil terá a sua Petrobras de volta. Que políticos sejam afastados dela, embora o estado tenha que estar presente. A governança da Petrobras tem que ganhar um novo modelo, assim como esse país. Hoje, somos modelo de vergonha e a boa notícia é que vamos começar a emergir, pois não há mais como afundar.