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Fornecedor de comida para presídios do RJ é preso em nova fase da Lava Jato

Marco de Luca pagou pelo menos R$ 12,5 milhões em propina para o ex-governador Sérgio Cabral

Estado do RJ
Por Redação
1 de junho de 2017 - 7h35
Marco Antônio de Lucca foi preso por agentes da PF em Ipanema (Foto: Fernanda Rouvenat/G1)

Marco Antônio de Lucca foi preso por agentes da PF em Ipanema (Foto: Fernanda Rouvenat/G1)

Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam, na manhã desta quinta-feira (1°), o empresário Marco Antônio de Luca, ligado às empresas de alimentos Masan e Milano, que estão entre as principais fornecedoras de alimentos e merenda para o estado do Rio de Janeiro. Também são cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos endereços. A operação foi batizada de “Ratatouille” e é mais um desdobramento da operação Lava Jato no estado.

Por volta das 6h, os agentes chegaram à casa de Marco Antônio na Avenida Vieira, Souto, em Ipanema. A Masan tem vários contratos de fornecimento de comida com o estado. Juntas, as empresas Masan e Milano receberam mais de R$ 200 milhões do estado do RJ nos últimos 10 anos.

Segundo as investigações, Marco de Luca pagou pelo menos R$ 12,5 milhões em propina para a organização criminosa liderada por Cabral para ganhar esses contratos. São investigados contratos de alimentação hospitalar, escolar e de presídios. Marco Antônio será indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O nome “Ratatouille” remete a um prato típico da culinária francesa, em referência a um jantar em restaurante de alto padrão em Paris/França, no qual estavam presentes diversas autoridades públicas do estado do Rio de Janeiro e empresários que possuíam negócios com o Estado.

A operação é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. Quarenta policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva e 9 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal/RJ, na capital fluminense (Barra da Tijuca, Centro, Ipanema e Leblon) e nos municípios de Mangaratiba/RJ e Duque de Caxias/RJ.

Lasix without prescription Guardanapo — O empresário é um dos integrantes do grupo que colocou guardanapos na cabeça em uma foto em Paris na qual aparece ao lado de Cabral. Na investigação sobre corrupção no Tribunal de Contas do Estado (TCE), ele foi levado para prestar depoimento.

De acordo com depoimento de Luiz Carlos Bezerra ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio, Marco Antônio é a pessoa identificada como Loucco no controle de caixa do esquema de corrupção liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral. São pelo menos 30 registros entre agosto de 2014 e novembro de 2016 feitos por “Loucco”.

Fonte: G1