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Eles levantam o esporte

O basquete de cadeirantes foi a primeira modalidade paralímpica a ser praticada no Brasil

J3 Esporte
Por Redação
25 de maio de 2017 - 19h41

purchase dopoxetine nolvadex reviews cadeira-de-rodasO professor Maurício Lemos, membro da diretoria de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece), vai ajudar a comandar a Seleção Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas sub 23 no Campeonato Mundial. A competição acontece em junho, em Toronto, no Canadá e Maurício viaja no próximo dia 25 com a seleção, também composta pelo paratleta campista Daniel Cruz

. O auxiliar técnico, que é fundador da Ong Esporte sem Fronteiras, também é professor do Programa Forças no Esporte (Profesp). Uma iniciativa do Governo Federal que está sendo aplicada em Campos em parceria com a Secretaria Municipal d Educação e Cultura (Smece).

De acordo com o professor, com o apoio da Prefeitura de Campos, a Ong cresceu, puderam ser abertas mais vagas e dar mais suporte aos paratletas. “O mesmo ocorre com os alunos da rede municipal que possuem grande potencial e estão treinando na sede do Exército, através do Profesp. Sem incentivo, não há esporte. Dinheiro com esporte não é gasto. É investimento, pois toda esta verba se reverte em redução de gasto com saúde e melhoria da qualidade de vida dessas pessoas”, destacou.

A expectativa do auxiliar técnico para o mundial é grande, já que a seleção ficou com a medalha de prata no Torneio Qualificatório de Buenos Aires, que aconteceu em janeiro. O Mundial Sub-23 é disputado de quatro em quatro anos. A melhor campanha do Brasil foi em 2001, quando o mundial foi no Brasil e a Seleção terminou o campeonato em segundo lugar.

Daniel Cruz, 22 anos, é mais um campista que disputará a competição em Toronto representando o Brasil. Sem o movimento das pernas desde os 12 anos, após a queda de uma árvore, o paratleta superou a depressão através do esporte. “O basquete mudou minha vida. Me ajudou a não desistir, me adaptar à cadeira e a superar novos desafios”, frisou Daniel, que está ansioso não só para jogar, mas para conhecer o Canadá.
Histórico do esporte
O basquete em cadeira de rodas começou a ser praticado nos Estados Unidos, em 1945. No Brasil, chegou em 1958. Os jogadores eram ex-soldados do exército
norte-americano feridos durante a 2ª Guerra Mundial. A modalidade é uma das poucas que esteve presente em todas as edições dos Jogos Paraolímpicos. O primeiro jogo de basquetebol em cadeira de rodas entre equipes brasileiras ocorreu em um confronto entre paulistas e cariocas, no Ginásio do Maracanãzinho (RJ). Os paulistas venceram. Nos anos de 1960 e 1961, mais dois confrontos ocorreram, sendo dessa vez a equipe carioca vencedora. Desde então, a competição desta modalidade no Brasil tem se tornado cada vez mais popular.
Campeonatos oficiais Lasix reviews
Para a disputa de campeonatos oficiais, é preciso seguir à risca a cartilha do esporte. As equipes são divididas por gradações de lesão. Quem é paraplégico incompleto ou completo, por exemplo, tem determinada pontuação Os amputados de membros inferiores, idem. Isso também vale para os que apresentam uma fissura na espinha e assim por diante, sempre numa escala de 1 a 5 pontos.
Semelhanças entre as disputas
O basquete em cadeira de rodas é extremamente semelhante ao jogo disputado nas olimpíadas, em geral as regras são as mesmas – até a altura das tabelas mantém os
3,05 metros utilizados pelo esporte convencional. Cinco jogadores para cada time, quadras com medidas olímpicas, quatro tempos de 10 minutos, cestas de mais perto valem 2 pontos; se ficar atrás da linha do garrafão, valem 3.

Há, porém, algumas adaptações. Todos os jogadores são avaliados pelos padrões de Classificação Funcional da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). O processo analisa a capacidade funcional do tronco, das mãos, dos membros inferiores e membros superiores dos jogadores, apontando um resultado em forma de números que variam entre 1 (para o competidor que não consegue controlar o tronco) e 4,5 (atribuído para aquele que tem que, na cadeira, não tem limitações de movimentação). A soma dos jogadores em quadra não pode superar 14 – o que faz com que jogadores com diferentes tipos de deficiência joguem juntos. Outra adaptação é a da movimentação com a bola. No lugar de dois passos, o jogador só pode dar dois toques na cadeira sem que continue quicando o objeto, ou o passe para outro jogador. O basquete em cadeira foi a primeira modalidade paralímpica a ser praticada no Brasil.