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Suspeição de relatora adia julgamento de Garotinho, Rosinha e Clarissa no TRE-RJ

Desembargadora Jacqueline Lima Montenegro se declarou suspeita por motivo de foro íntimo

Estado do RJ
Por Marcos Curvello
23 de maio de 2017 - 11h17
Garotinho, a esposa e a filha são acusados pelo MPE de montagem de esquema na Prefeitura de Campos para beneficiar candidatos do PR. (Foto: Daniel Castelo Branco/Agência O Dia)

Garotinho, a esposa e a filha são acusados pelo MPE de montagem de esquema na Prefeitura de Campos para beneficiar candidatos do PR. (Foto: Daniel Castelo Branco/Agência O Dia)

Remarcado do último dia 17 para esta segunda-feira (22) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro (TRE-RJ), o julgamento de Anthony Garotinho (PR), sua esposa, Rosinha (PR), e sua filha, Clarissa por corrupção eleitoral, abuso de poder e conduta vedada na eleição ao governo estadual, em 2014, foi novamente retirada de pauta após a desembargadora Jacqueline Lima Montenegro, relatora do processo, se declarar suspeita. A magistrada alegou motivo de foro íntimo. Agora, o processo deve encontrar um novo relator antes que possa voltar ao plenário.

A denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE) é baseada em operação realizada por fiscais do próprio Tribunal e policiais do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) no dia 28 de agosto de 2014, durante a qual foi apreendido material de propaganda irregular em um galpão da Edafo Construções, empresa que prestava serviços à Prefeitura de Campos, então administrada por Rosinha.

À época subsecretário geral de Governo de Campos, Ângelo Rafael Barros Damiano estava no local no momento da apreensão e acabou denunciado, assim como o tesoureiro do PR, Carlos Carneiro Neto, o dono da Edafo, Paulo Siqueira, o presidente do Fundo de Desenvolvimento de Campos, Otávio Carvalho, e o funcionário terceirizado da Prefeitura Sandro de Oliveira.

De acordo com as investigações, o galpão tinha documento de locação forjado e pertencia ao DJ Júlio César de Oliveira Cossolosso, que atuava como laranja. O local servia de sede para o comitê de campanha de Garotinho ao estado. Foram encontrados, durante as buscas, 360 placas com fotos de candidatos ao lado do ex-governador, cerca de 500 impressos de papelão com a imagem do político, cem adesivos de veículos e 80 mil revistas da “Palavra de Paz”, e placas móveis dos candidatos aliados.