Logo cedo, ciclistas percorrem a avenida, seja a caminho do trabalho ou à procura de saúde. No horário do almoço, faltam vagas de estacionamento próximo aos restaurantes e o fluxo de veículos é intenso. No fim da tarde, as calçadas são ocupadas pelos amantes da corrida e da caminhada. E à noite, os letreiros de led e o farol dos carros colorem a via pública.
A Arthur Bernardes é movimentada o dia inteiro todos os dias e tornou-se o mais novo “point” social de Campos. Quer pizza? Vai para a Arthur Bernardes! Churrasco; caldo; lanche; salada; cerveja; vinho… O que não faltam são opções em todo o trecho da avenida. Bom para quem quer fugir do “eixo Pelinca”, para a população dos bairros adjacentes, para os comerciantes e, consequentemente, para a economia do município.
Aliás, a avenida já foi apelidada pelos corretores de imóveis como a “nova Pelinca”. Isso porque, além dos trechos que já estão “fervilhando” economicamente, outros começam a ser loteados entre o segundo semestre deste ano e o início de 2018. A informação foi confirmada pelo corretor Diego Almeida. Segundo ele, a próxima área a ser ocupada é entre a Avenida 28 de Março e o cruzamento na Avenida Tenente Coronel Cardoso e a Rua Saldanha Marinho, na região do Jardim Flamboyant. “Inicialmente, 200 mil metros devem ser loteados, com terrenos residenciais e comerciais. A previsão é que essa área abranja muitos estabelecimentos, além de prédios e casas”, explicou.
Diego disse ainda que, no momento, o loteamento está em fase de aprovação de projetos na Prefeitura de Campos.
Obra
Inaugurada no dia 24 de setembro de 2014, a Avenida Arthur Bernardes tem 7,7 km de extensão, entre BR-101 (entrada da cidade) e a Avenida Alberto Lamego, próximo à Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), onde foram construídas ainda pontes gêmeas sobre o Canal Coqueiros; e, ao longo de toda a extensão, corta alguns dos principais bairros de Campos — Parque Aurora, Capão, Alphaville, Parque Rosário, Flamboyant, Horto e Parque Tarcísio Miranda.
A obra, executada ao longo do governo de Rosinha Garotinho, durou cerca de cinco anos e foi orçada em R$ 57 milhões, verba essa destinada às galerias pluviais, pavimentações asfálticas, recuperação da ciclovia e construção de calçadas com acessibilidade, ciclovia, além de sinalização, iluminação, rede subterrânea de distribuição de energia elétrica e paisagismo.
Na ocasião da execução das obras, falou-se muito da necessidade de desafogar a 28 de Março, criar uma alternativa em situações de desvio do tráfego pesado para o Porto do Açu e para o Complexo Logístico Farol/Barra do Furado, e também em contribuir para o desenvolvimento dos bairros situados na Zona Leste do município.
Esportes
Se desde a inauguração a Avenida Arthur Bernardes já era utilizada por praticantes de corrida e caminhada, desde o dia 7 de maio essa função foi, de fato, oficializada. Aos domingos, das 7h30 às 13h, o trecho entre a BR-101 e a Beira-Valão vem sendo chamado de “Via Esporte”. Nesse período, a avenida é fechada para os carros e liberada para aqueles que almejavam um espaço para o lazer. O projeto, idealizado pela Prefeitura de Campos, visa incentivar passeios de bicicleta, skate, patins, corrida, entre outras atividades esportivas a fim de contribuir para a interação das famílias e amigos.
APCC
A Avenida Arthur Bernardes também possibilitou que o município de Campos tivesse uma Área de Proteção ao Ciclista de Competição (APCC). De acordo com a Lei Municipal 8.719/16, o trecho entre a Rua Formosa e Avenida Leonel Brizola (em frente a Uenf) deve ser fechado das 19h às 21h todas as terças e quintas-feiras para o treinamento de ciclistas.
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Segundo o diretor de ciclismo de estrada da Federação de Ciclistas do Estado do Rio de Janeiro, Afonso Censo Pacheco, o espaço é uma grande conquista para os competidores. A APCC é dedicada a treinos com bicicletas correndo em alta velocidade, portanto, não é recomendável que, em dias de treino, seja utilizado para passeio ciclístico.