Com 242 unidades de ensino e cerca de 55 mil alunos, a rede municipal de Campos é uma das maiores do estado. Números altos, somados a anos sem a manutenção devida, e o resultado são escolas sucateadas. Para resolver os problemas mais urgentes, o departamento de Infraestrutura da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece) está fazendo obras de manutenção em algumas creches e escolas da rede, assim como a mudança de outras, cujo estado, de tão precário, tornou o conserto inviável. As reparações seguem o cronograma de obras da secretaria.
“Quando assumimos a secretaria nos assustamos com o estado das nossas unidades de ensino e a sede da Smece. As demandas são muitas e o orçamento apertado, mas estamos atendendo as principais urgências, sem perdermos o foco na política realmente transformadora, que só ocorre a longo prazo”, observou o secretário de Educação, Brand Arenari, se referindo a redução de R$ 1,6 bilhão no orçamento do município, comparado a 2016, e a dívida de R$ 2,4 bilhões herdada.
As Escolas Municipais Sérgio Lilico Paes da Silva e Lídia de Leitão Albernaz, no Parque Cidade Luz, assim como a Creche Aldeia, já receberam pintura, troca de pastilhas e cerâmica, troca de portas, reforma de banheiros, conserto de infiltração e parte elétrica, troca de telhado, de ventiladores, entre outros.
De acordo com a diretora da Lídia Leitão, Elienes Zanela, desde a reinauguração, em 2012, a unidade não recebia nenhum tipo de manutenção pela Smece. “Há alguns anos eu mandei pintar, mas por conta própria, usando a verba da escola”, lembrou. A unidade atende 1.139 estudantes, em três turnos, e está realizando um projeto de conscientização com os alunos com o intuito de preservar a escola.
O mesmo descaso se deu com a creche Aldeia, localizada no bairro homônimo, que desde a inauguração, em 2009, também não recebia nenhum tipo de melhoria, segundo os funcionários. Já a Sérgio Luiz Lilico, comparada as outras duas, teve mais “sorte”. Segundo a diretora Georginete Rangel, que está há cinco anos na escola, a última pintura na unidade foi há quatro anos. “Estávamos com muitas paredes sujas, com infiltração, pastilhas e portas quebradas, assim como falta de boxes adequados para as crianças tomarem banho. Melhorou bastante”, destacou a diretora da unidade que atende 267 crianças.
acquire Antabuse Visitas – A equipe da Diretoria de Infraestrutura visitou mais de 50 unidades escolares e estabeleceu um cronograma de obras, que está em andamento. “Quando visitamos as unidades, fazemos o levantamento e, ao mesmo tempo que resolvemos pequenas pendências”, informou o diretor de Infraestrutura, Francisco Freitas.
Além destas três, passam por reparos a E.M. Professora Joelma Figueiredo de Souza, a E.M. Souza Mota e a E.M. Áurea Simão. Já a E.M Luiz Sobral e a Creche do Parque Prazeres, em breve, irão para novas sedes.
Integração – De acordo com Arenari, há projetos de construção de novas unidades, integrando setores como Nutrição, a área pedagógica e, também, a Educação Física. “Estamos desenvolvendo projetos de novas escolas ouvindo estes setores, que conhecem bem a realidade e as necessidades das creches e escolas”, antecipou.
