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Apae vai completar 21 anos atendendo a pessoas com deficiência em Campos

Com assistência a 302 pessoas de zero a 62 anos de idade, instituição passar por dificuldades

Geral
Por Redação
10 de maio de 2017 - 15h39

apae-silvana-rust-116Menino carinhoso e dedicado, Jefferson dos Santos Nunes é um dos assistidos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) em Campos. Ele tem uma deficiência intelectual e, segundo conta, não gostava de sair de casa. Quando conheceu a instituição, seu desenvolvimento melhorou bastante. Hoje Jefferson conversa com amigos e familiares, adora passear, fazer esportes e participa de quase todas as oficinas que a associação oferece. A que ele mais gosta é a oficina de cozinha, onde aprende a trabalhar com diversos alimentos. “Gosto muito da minha instituição, aprendo todos os dias. Cheguei aqui novinho, com 5 anos de idade, e já estou quase um adulto, com 19 anos. Adoro meus amigos e gosto de cozinhar. A Apae me ajudou muito”, diz.

No final do mês, a Apae de Campos completará 21 anos de trabalho e comprometimento com o próximo. Mas a instituição, que atende 302 pessoas de zero a 62 anos de idade com diversas deficiências, passa por um momento de dificuldades. Desde fevereiro do ano passado, não recebe verbas do governo estadual – está se mantendo com o auxílio da Prefeitura de Campos, com convênio do Fundo Municipal da Infância e da Juventude, além de doações da sociedade civil através da concessionária de energia elétrica Enel.

buy lioresal online apae-silvana-rust-70De acordo com a presidente, Marilane Amaral Pessanha, que já está no segundo mandato, a Apae é uma instituição de guerreiros que, mesmo com dificuldades, não vão desistir. “Trabalhar aqui é maravilhoso, aprendemos todos os dias com nossos alunos. Eles nos incentivam a não desistir. Quando chegamos aqui tristes, eles são os primeiros a nos motivar. São carinhosos e amigos. Ver a evolução de cada um deles no nosso dia a dia é fascinante”, relata.

Marilane tem um filho de 24 anos, o Rafael, que também é assistido pela Apae. Ele foi diagnosticado com síndrome de Down, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) e afasia (perturbação da formulação e compreensão da linguagem). “Ele chegou aqui com 7 anos de idade e hoje é um menino mais carinhoso e participativo. Ver também a evolução dele é emocionante para mim”, relata a mãe. A Apae funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Avenida Professora Carmem Carneiro, 507, no Jardim Carioca. A instituição tem também um pólo de atendimento na praia do Farol de São Thomé, onde atende cerca de 40 pessoas.

Instituição mantém quatro programas
Atualmente existem quatro programas fixos na Apae: Estimulação Precoce, destinado às crianças de zero a seis anos; Atendimento Educacional Especializado, com reforço escolar; projeto de Oficinas Semi-qualificadoras “Em busca do aprender saber fazer”, que atende 50 adolescentes entre 14 e 21 anos, que aprendem uma profissão e poderão ser inseridos no mercado de trabalho; e o Programa Habilitar e Incluir, que oferece oficinas pedagógicas, com aulas de educação física, dança, teatro, artesanato e pintura, entre outras atividades. As oficinas são abertas a todos os assistidos. Na entidade, foram montadas uma padaria, uma fábrica de picolés, salgados e uma fábrica de fraldas, com instrutores que auxiliam no manuseio dos equipamentos, além de ensinar a como se comportar dentro de uma empresa.

A Apae oferece, ainda, ambulatório com fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e assistentes sociais. Sua estrutura física inclui salão de eventos, sala de televisão, refeitório, laboratório de informática, secretaria, sala de reuniões e piscina. Este ano, a associação firmou uma parceria com a Fundação Municipal de Esportes para que seus alunos usem a Vila Olímpica do Jardim Carioca para diversas aulas.
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Mesmo com tantas barreiras enfrentadas nesses quase 21 anos, a coordenadora técnica Merilane Lopes, que está na instituição desde sua fundação, diz que a Apae já faz parte de sua família e que os resultados nos assistidos são maravilhosos. “A Apae é superimportante na minha vida, por perceber o crescimento e evolução dos nossos alunos, de todo trabalho que é feito sempre com muito carinho por todos os funcionários. Temos ex-assistidos que estão no mercado de trabalho, formando família, que já se formaram e têm filhos. Nós realmente preparamos eles para a vida, com autonomia de uma história independente, para que possam seguir um caminho melhor. Isso é muito gratificante para nós. Nosso alunos e ex-alunos podem sempre contar conosco, criamos um vínculo familiar”, destaca Merilane.