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PMs da região denunciam tratamento desumano em transferência para o Rio

Viagem teria atrasado, militares dormiram no chão e viajaram em veículo desconfortável até São Gonçalo

Campos
Por Redação
4 de maio de 2017 - 16h57
(Foto: Reprodução)

PMs tiveram que dormir no chão do 6ª CPA (Foto: Reprodução)

Os policiais militares da região que receberam a convocação para trabalharem na Operação Presença, no 7º BPM de São Gonçalo, na Baixada Fluminense, denunciam “a forma desumana como foram tratados” no processo de transferência, que aconteceu entre a madrugada e a manhã desta quinta-feira (4). Segundo os militares, eles tiveram que dormir sentados em cadeiras e no chão do auditório do 6ª Comando de Policiamento de Área (CPA) enquanto aguardavam a viagem para a capital do Estado, que atrasou pelo menos cinco horas.

Ainda de acordo com o relato dos policiais, que preferiram não se identificar, eles chegaram no 6ª CPA, situado no bairro São Caetano, em Campos, na noite de quarta-feira (3), com a previsão de seguirem viagem no início da madrugada desta quinta. No entanto, houve um atraso e o micro-ônibus que os levou para o município de São Gonçalo só chegou durante a manhã. Enquanto aguardavam, muitos militares tiveram que se acomodar em cadeiras ou no chão para conseguirem ter uma noite de sono antes de iniciarem os trabalhos no batalhão da Baixada Fluminense.  Além disso, o micro-ônibus reservado para levar os policiais até a capital seria “desconfortável” e eles tiveram que dividir o pequeno espaço com as malas.

Texto publicado pelo vereador Alonsimar na rede social Facebook (Foto: JTV)

Texto publicado pelo vereador Alonsimar na rede social Facebook (Foto: JTV)

O vereador de Campos, Alonsimar de Oliveira, publicou fotos do ocorrido em sua página na rede social. Segundo ele, “a transferência foi realizada de forma arbitrária”. “É assim que homens e mulheres, profissionais da segurança pública são tratados, numa total falta de respeito com aqueles que são responsáveis para nos servir e nos proteger, que além de lidar com a ausência do pagamento do 13º Salário, do não pagamento dos extras e atraso na folha de pagamento regular, vemos nossos irmãos serem humilhados por seus superiores”, disse no texto.

Ele acrescentou que irá interpelar “em todas as instâncias hierárquicas para que nossos irmãos sejam valorizados e tenham melhores condições sejam de trabalho, de descanso ou de deslocamento”.

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PMs viajando em um micro-ônibus (Foto: Divulgação)

Sempre respeitando o princípio do contraditório, a equipe de reportagem do Jornal Terceira Via entrou em contato por telefone com o comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Campos, tenente-coronel Fabiano Santos de Souza, no entanto, ele estaria preenchendo um formulário e não pode atender à equipe.

A reportagem também telefonou para o comandante do 6ª CPA, tenente-coronel Lúcio Flávio Baracho, mas a ligação não foi completada. Por fim, a reportagem encaminhou um e-mail para a Assessoria de Imprensa da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), mas até o momento não obteve resposta. Ainda assim o jornal aguarda e publicará a versão do comando da PM em Campos sobre a denúncia.

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Entenda

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Policiais militares da região foram convocados para reforçar o policiamento na Baixada Fluminense e região de São Gonçalo. O objetivo da Operação Presença é prevenir e reprimir o roubo de rua e a veículos nas áreas em que houve maior incidência desses delitos, proporcionando assim, maior sensação de segurança à população.

A notícia não agradou aos campistas, uma vez que a onda de violência no interior cresce mais a cada dia. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (Isp) do estado, entre janeiro e março deste ano, foram registrados 57 assassinatos, 60 tentativas de homicídio, 23 estupros, 314 roubos e 658 furtos em Campos.

Em nota, a corporação informou que durante os meses de maio e junho, no período de quinta a domingo, os militares do interior do estado serão enviados à Baixada Fluminense e região de São Gonçalo.

Do 8º BPM de Campos serão 40 policiais; do 36º BPM de Santo Antônio de Pádua, 20 policiais; e outros 17, do 29º BPM de Itaperuna. Os policiais de Macaé e Itaboraí não foram convocados.