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Delações contra Garotinho e Rosinha à caminho da Procuradoria da República

Citações feitas por ex-diretor da Odebrecht podem ser estopim para abertura de inquérito

Campos
Por Redação
17 de abril de 2017 - 17h25
(Foto: Momento Verdadeiro)

(Foto: Momento Verdadeiro)

As citações dos delatores contra os ex-governadores do estado, Anthony Garotinho e Rosinha, já está a caminho da Procuradoria da República do Rio. Por meio de nota, o órgão afirmou que aguarda o recebimento e, somente após distribuição interna, é que poderá “avaliar eventuais providência a serem tomadas em cada caso”, explicou.

Na última semana, o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), remeteu à Justiça do Rio de Janeiro as citações de delatores da Odebrecht relacionadas ao casal Garotinho. O próximo passo da Procuradoria após o recebimento dessas citações seria decidir se abre ou não inquérito para investigar os fatos relatados.

Fachin também autorizou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigar oito ministros, três governadores, 24 senadores e 39 deputados federais que fazem parte da chamada “lista do Janot”.

De acordo com que afirmou em dezembro do ano passado o ex-diretor de Infraestrutura da Odebrecht no Rio de Janeiro, Leandro Andrade Azevedo, Garotinho e Rosinha teriam recebido R$ 20 milhões em contribuições legais e ilegais da empreiteira, que foi responsável pela execução das obras do programa habitacional “Morar Feliz” em Campos. Ele foi o primeiro delator da Odebrecht a citar o casal Garotinho. Esses valores tirariam o casal da sexta posição no ranking de recebedores de vantagens indevidas e os colocariam em terceiro, junto do atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Em nota, a assessoria do ex-governador Anthony Garotinho falou que: “o ex-governador Anthony Garotinho e sua esposa, Rosinha Garotinho, jamais receberam qualquer valor não contabilizado da Odebrecht. Todos os recursos recebidos da Odebrecht e de outras empresas foram legais e obedeceram aos critérios estabelecidos em lei para doações eleitorais. Os recibos das doações e os comprovantes de gastos de campanha, abertura e fechamento da conta eleitoral no banco Itaú, na cidade do Rio de Janeiro, estão acessíveis a quem quiser vê-los”.

Em dezembro do ano passado, a revista Veja trouxe detalhes da delação de executivos da Odebrecht, que relataram à Procuradoria Geral da República (PGR) o pagamento de propina aos principais políticos do país. Entre elas, Leandro Andrade Azevedo citou que Rosinha teria elaborado duas licitações de casas populares em Campos, com regras que permitiriam que somente a Odebrecht vencesse a disputa. Em contrapartida, a construtora teria desembolsado um total de R$ 9,5 milhões em contribuições oficiais e repasses de caixa dois a campanhas de Garotinho e Rosinha, entre 2008 e 2014. O delator diz que Rosinha lançou duas etapas do programa em 2009 e em 2012.

“Diante deste cenário, os fatos me levam a crer que os referidos editais, relativos aos Programas Morar Feliz I e II, foram lançados levando em consideração que a única empresa grande que teria condições e interesse de fazer a obra era a Odebrecht, o que seria a contrapartida aos pagamentos realizados a pretexto de doações de campanha feitos em 2008″, assinalou ex-diretor de relações institucionais.

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