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Campista de 7 anos se destaca no box chinês

Conheça a história do Carlos Davi que se inspirou no pai e não sai dos ringues

J3 Esporte
Por Redação
6 de abril de 2017 - 15h04
Carlos Davi, praticante do box chinês (Foto: Silvana Rust)

Carlos Davi, praticante do box chinês (Foto: Silvana Rust)

A cultura oriental já está entrelaçada nos costumes brasileiros, seja na culinária ou nas artes marciais. A procura pelas lutas que surgiram no Oriente não para de crescer. E há uma modalidade que atrai cada vez mais adeptos: o boxe  chinês. O campista Carlos Davi de Azevedo Lima, de apenas 7 anos, já é campeão na categoria.

O pai, Carlos Eduardo de Azevedo, também foi praticante da modalidade durante 10 anos, porém, um acidente automobilístico interrompeu sua carreira promissora. “Comecei a praticar boxe com uma idade avançada. Porém, foi no esporte que aprendi a ter disciplina, compromisso e responsabilidade. Muitas pessoas me perguntam por que coloquei o meu filho para praticar boxe. Primeiro, porque eu conheço a arte. Segundo, porque ele era muito agitado. Hoje, ele (Davi) é mais concentrado, dedicado e gosta do que faz”, afirma Eduardo.

O pequeno atleta campeão faz aulas de boxe chinês em uma academia particular de Campos. “A turma dele tem uns 12 alunos; destes, somente uma menina. Davi é o menor em estatura e idade. Apesar disso, não se intimida diante dos adversários”, ressalta o pai, mostrando todo o orgulho e confiança que deposita no filho. Davi treina três vezes por semana, durante uma hora. Todavia, como toda criança da faixa etária, o menino revela o que faz na hora de lazer. “Ando de bicicleta, jogo futebol e videogame.

Ah, também vejo desenho animado”. Na escola onde estuda, o pequeno atleta é celebridade. “Meus amigos sabem que faço boxe. Às vezes, alguém pede para eu mostrar um golpe. Isso é legal”, diz o garoto em um sorriso que mostra os dentinhos ainda em formação. Mesmo com pouca idade, Davi já tem um ídolo: Anderson Silva, o Spider. “Assisto às lutas com o meu pai. Gosto de ver o Anderson (Silva) lutando. Quero ser como ele quando crescer”, admite.

Sem nenhum tipo de apoio financeiro público ou privado, Davi conta com o ‘pai-trocínio’. “Ele vai até onde quiser nesse esporte. Eu não tive suporte financeiro para levar minha carreira adiante. Mas o Davi tem e terá. Faço e farei tudo o que estiver ao meu alcance para ver o meu filho despontar na modalidade, se profissionalizar. No entanto, estudar. O estudo deve vir sempre em primeiro lugar”, declara Eduardo, que, além de Davi, tem uma filha de 6 anos.

Ao ser questionado se a menina também faz artes marciais, ele revela, meio tímido: “Ela faz balé”. Em 2016, Davi disputou dois campeonatos. Em um deles, ficou no segundo lugar do pódio. Depois, com mais experiência, sagrou-se campeão. “Como tudo na vida, o esporte também tem seus percalços. Eu tive os meus. Davi tem os dele. Dias de vitória e dias de derrota. Mas,nada disso nos desanima. As idas aos campeonatos, as inscrições, os equipamentos,

a própria troca de faixa que custa o equivalente a meio salário mínimo, tudo é bancado por mim. Porque quero o melhor para o meu filho”, orgulha-se o pai coruja.

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Também conhecido como sanda, o boxe chinês é uma forma moderna de combate corpo-a-corpo, um sistema de autodefesa e um esporte. Ele guarda semelhanças com o kickboxing, mas tem como característica principal as quedas e arremessos ao solo.É um dos componentes dos diversos

estilos de kung fu. Os treinamentos cardiovasculares e de resistência muscular nessa modalidade são bastante intensos, às vezes até extremos, possibilitando aos competidores um preparo físico invejável. Além de crianças, esta  odalidade também atrai um número cada vez maior de mulheres em todo o país.

A importância do esporte na infância

Equilíbrio, coordenação motora, flexibilidade e sociabilidade. Estes são alguns benefícios que o Boxe Chinês traz para um público diferente do que as academias estão acostumadas a receber, as crianças. A atividade que tem conquistado a garotada de Campos.