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Centro Histórico de Campos: tinha um poste no meio do caminho

Obstáculo ainda é motivo de inúmeras reclamações de pedestres e deficientes visuais

Opinião
Por Coluna do Balbi
2 de abril de 2017 - 7h00
Deficiente se depara com o poste (Foto: Carlos Grevi)

Deficiente se depara com um poste (Foto: Carlos Grevi)

O grupo político que comandou Campos por quase três décadas tinha o poder de eleger um poste no seu auge, como se diz na gíria política. Isso não se discute. Porém, fez uma grande obra no Centro Histórico – ou em parte dele – e deixou vários postes para trás. Talvez a culpa não seja inteiramente da administração pública que estava no poder, mas quem sabe das concessioná- rias.

A obra que criou grande transtorno e custou cara, seria exatamente para retirar os postes com fios do chamado Centro Histórico. Tudo está pronto no trecho que envolve várias ruas do Centro. O conceito esteticamente é perfeito, tanto que boa parte do Centro da cidade do Rio de Janeiro é assim. Mas mesmo com todo esse investimento enterrado, os postes com fios embolados continuam no caminho, inclusive atrapalhando o projeto de acessibilidade, já que compromete o piso especial para idosos e deficientes físicos nas calçadas.

Não é possível que está obra seja apenas um túnel sobre parte das ruas Theotô- nho Ferreira de Araújo, Carlos de Lacerda, João Pessoa e 21 de Abril. É preciso retirar os postes que foram os motivadores dela. Parece que a bola está com a concessionária de energia elétrica, que seria proprietária dos postes, e que deu suas explicações na reportagem Especial deste jornal publicada nesta edição. T

odos temos alguma explicação. Mas parece que nenhuma é suficiente neste caso. Muito dinheiro foi gasto, criou-se a expectativa de um Centro mais bonito, isso sem falar nos transtornos já citados. Os postes devem ser retirados e os fios embutidos. É preciso que se cobre com força a conclusão desta obra. Está pronta e paga pelo que se sabe. Falta apenas, digamos assim, o acabamento. Que cada um assuma sua responsabilidade, caso contrá- rio o Centro que já perdeu muito perderá ainda mais.