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Cirurgião plástico revela novidades na área e alerta para os cuidados necessários

Dr. Luis Chryzantho: “Cada paciente tem uma necessidade diferente”

Saúde
Por Redação
31 de março de 2017 - 14h52
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Dr. Luis Chrysantho Neves, cirurgião plástico (Foto: Silvana Rust)

Os brasileiros são extremamente vaidosos. Não é à toa que o país ocupa a segunda  posição no ranking mundial de cirurgias plásticas, perdendo somente para os Estados Unidos, de acordo com uma pesquisa feita pela Sociedade Internacional de Cirurgia

Plástica Estética (ISAPS). Em 2015, foram realizadas 1,2 milhão de cirurgias plásticas no país. Dois anos antes, o Brasil chegou a liderar este levantamento, acumulando 1,43 milhão de procedimentos anuais. Com o passar do tempo e com o crescimento

elevado desta modalidade, surgiram novas tendências de cirurgia plástica.

 

O cirurgião plástico Dr. Luis Chrysantho Neves, que é formado no serviço de cirurgia plástica Dr. Ronaldo Pontes, um dos mais renomados do mundo e está voltando para atuar em nossa cidade, explica que, antes de se submeter a qualquer procedimento,

o paciente tem que ser avaliado rigorosamente. “Cada paciente tem uma necessidade diferente. A cirurgia plástica bem feita é aquela que individualiza cada um. Não se faz a mesma intervenção em todos os pacientes”, ressalta.

 

Bichectomia buy Antabuse online

Entre os tipos de cirurgia em alta na atualidade está a bichectomia: uma intervenção rápida para a retirada da bola de Bichat,uma bolsa de gordura localizada na face, que compõe a área bucal. O especialista comenta que cada vez mais pacientes jovens

estão procurando fazer este tipo de cirurgia, e isto deve ser avaliado, já que o procedimento é irreversível. Uma vez retirada a gordura da face, mesmo que o indivíduo ganhe peso novamente, a distribuição deste recurso não será a mesma. “A bichectomia é uma cirurgia como qualquer outra e também tem riscos. É preciso ter muitos cuidados, porque, apesar de ser um procedimento com poucos efeitos colaterais, se houver uma

retirada de gordura a mais pode prejudicar a harmonia do rosto futuramente. A preocupação é que hoje em dia a bichectomia está muito banalizada, como se todo mundo tivesse indicação para fazer. O paciente deve antes de tudo ser avaliado, se há

realmente uma necessidade. Para aquele paciente que está acima do peso, por exemplo, que deseja afinar o rosto, ressecando a bolsa de gordura bucal, não é uma indicação muito pertinente. Há opção de fazer uma reeducação desse indivíduo, um emagrecimento, para ver se será preciso realizar uma cirurgia deste tipo”, avalia Chrysantho. O cirurgião plástico afirma que uma das consequências da retirada exagerada de gordura facial é a assimetria, em casos onde há o clampeamento de algum nervo do rosto. Nessas situações, o paciente terá que fazer um tratamento pra tentar reestabelecer essa função. “Essa cirurgia deve ser feita, preferencialmente, por um cirurgião plástico, em um ambiente hospitalar, onde há melhores condições de trabalho. A bichectomia é um procedimento que vai passar atrás dos ramos bucais do nervo facial. É uma cirurgia delicada, que deve-se ter cuidado. Por isso, a indicação deve ser feita quando o paciente precisa. Não é para todo mundo. O profissional que tem que fazer essa cirurgia é aquele que sabe tratar as complicações dela, porque, apesar de ser uma cirurgia de baixo risco, pequena e rápida, tem efeitos colaterais que podem ser prejudiciais”, explica.

 

Cirurgia íntima feminina

Outro tipo de cirurgia plástica bastante realizada no país nos últimos anos é a cirurgia íntima feminina. Em 2015, mais de 12 mil mulheres se submeteram ao processo chamado de ninfoplastia ou labioplastia. Segundo o especialista, o objetivo maior deste tipo de intervenção é trazer de volta a autoestima da mulher, que muitas vezes tem vergonha de se trocar em vestiários coletivos, que não usa roupas apertadas ou até tem alguma  nsegurança na hora de ter relações sexuais. “Quando os pequenos lábios se projetam à frente dos grandes lábios, dando a sensação de excedente de pele, aquilo causa

algum tipo um constrangimento para a paciente. O tratamento consiste em retirar esse excesso dos pequenos lábios. Cada paciente pode ter algum procedimento associado, dependendo de cada caso. Se há flacidez ou hipertrofia, pode-se aliar a abdominoplastia também. É preciso analisar o que incomoda cada paciente. É uma cirurgia rápida, quase sem riscos e que vem crescendo muito, apesar de não ser muito divulgada, por ser um tema mais complicado de se falar de maneira geral”, acrescenta o cirurgião, reforçando que a cirurgia íntima tem um período de recuperação rápido, geralmente de três semanas.

Lasix reviews Lipoaspiração e lipoescultura

Apesar das novas tendências, Dr. Luis Chrysantho Neves contan que a lipoaspiração, seguida da inclusão de implantes de silicone, ainda é a cirurgia mais realizada atualmente, principalmente pelas mulheres. No caso da lipoaspiração, o especialista lembra que é preciso respeitar a área e o volume que pode ser lipado, determinados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Só pode haver a retirada de no máximo 7% do peso do paciente, sempre visando à segurança da pessoa. “Na minha experiência, a lipoaspiração por si só é feita cada vez menos. Nós partimos para o campo da lipoescultura, que trabalha com a engenharia de tecido e de gordura. É feita a lipoaspiração na área que está com distrofia de gordura e, onde está faltando, faz-se enxerto. Ela é reaproveitada e se coloca onde há uma certa falta, para dar volume. Pode-se enxertar gordura no bumbum e até mesmo na mama. E ainda pode-se usá-la para tratar as irregularidades de vários tipos de cirurgia. O avanço dos estudos das células tronco de gordura pode também possibilitar

o uso delas para o tratamento de queimaduras e também no antienvelhecimento”, acrescenta.

 

Implantes de silicone generic nolvadex

Segundo o cirurgião plástico, em relação à inclusão de implantes de silicone, o que tem se avançado cada vez mais é o tipo de material das próteses. O mais usado atualmente

é o implante de poliuretano. “Trata-se de um tipo de implante que tem menos contratura

capsular, ou seja, reações inflamatórias que podem acontecer em qualquer caso, logo no início da implantação ou anos depois. De acordo com a gravidade da contratura, há uma distorção da mama. Em casos de grau quatro, o nível máximo, a paciente sente dor e há necessidade de trocar o implante e o plano de colocação. A partir disso, o cirurgião vai tratando aquela paciente”, observa.

Com avanço do material, atualmente não há um tempo de troca dos implantes de silicone. A paciente deve realizar exames periódicos e ter um acompanhamento médico. “As

dobras no implante são normais, não são indicações de troca. Geralmente, as trocas dos implantes acontecem em casos de complicações, como hematomas, seromas, rupturas

ou por motivos estéticos”, comenta o médico.

 

Cirurgia plástica no pós-gravidez e na pós-bariátrica

A cirurgia plástica sempre teve um espaço importante também no pós-gravidez, por causa da flacidez e do excesso de pele. Agora as intervenções também vêm aumentando

nos casos de pós-cirurgia bariátrica, procedimento feito para a redução de peso. O paciente emagrece e há uma flacidez da pele em diversas parte do corpo, como mama, braços, coxas e abdômen. “O número de abdominoplastias circunferenciais, uma intervenção que abrange toda a circunferência corporal, vem aumentando em pessoas que fizeram uma cirurgia bariátrica. É preciso reforçar que este paciente deve estar sempre

acompanhado de uma equipe multidisciplinar, com outros profissionais que vão autorizar esse tipo de cirurgia. Ele só poderá operar quando o peso está estabilizado. Antes de

se submeter a qualquer procedimento, o paciente deve ser rigorosamente investigado para todas as suas situações clínicas e finalmente saber se ele está apto. O objetivo é minimizar os riscos cada vez mais”, revela o especialista.

 

Dr. Luis Chrysantho Neves ainda alerta para a importância de o paciente cumprir o pós-operatório. Além disso, a relação entre médico e paciente deve ser muito restrita e levada a sério, para a eficiência da cirurgia. “A cirurgia plástica é uma cirurgia de baixo risco. O cirurgião plástico tem que ter a formação adequada em dois anos de cirurgia geral e três anos de cirurgia plástica para estar competente e oferecer ao paciente toda segurança. É preciso analisar as necessidades daquela pessoa que pretende fazer uma intervenção

cirúrgica e ser direto com o paciente sobre as expectativas dele, mostrando até onde se pode ir com a cirurgia que está sendo proposta e só realizá-la quando se tem o entendimento do indivíduo sobre o procedimento”, afirma.