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Região dos Lagos: São Pedro da Aldeia registra o primeiro caso de febre amarela

Paciente contraiu a doença em viagem à zona rural de Casimiro de Abreu, segundo Secretaria de Saúde

Estado do RJ
Por Redação
30 de março de 2017 - 17h09

Foto: André Borgres/Agência Brasília

Foto: André Borgres/Agência Brasília


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A Secretaria estadual de Saúde confirmou, na tarde desta quinta-feira (30), o primeiro caso de febre amarela, na Região dos Lagos. O paciente é de São Pedro da Aldeia. Com mais este caso, sobe para nove o número de casos no estado do Rio. O paciente contraiu a doença em viagem à zona rural de Casimiro de Abreu, segundo a secretaria.

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A febre amarela detectada até agora no estado foi de caráter silvestre. O maior número de casos está em casimiro de Abreu: sete, entre eles uma morte. São Fidélis, no Norte do estado tem um caso confirmado.

De acordo com a secretaria, no estado há confirmação de dois macacos mortos em decorrência da febre amarela. Em Campos, na região Norte e em São São Sebastião do Alto, na região Serrana.

Para evitar o aumento no número de casos, as prefeituras continuam promovendo a campanha de vacinação que previne à doença. Em Campos, por exemplo, mais de 158 mil pessoas foram imunizadas. O estado do Rio de Janeiro receberá novos lotes de vacinas ainda nesta quinta-feira (30), para destinação aos 28 municípios listados como estratégicos, com base na constante avaliação do cenário epidemiológico no país.

As prefeituras poderão fazer a retirada das doses assim que forem entregues. “Não vamos abrir mão de imunizar toda a população do RJ e contamos com o Ministério da Saúde para atender à demanda dos 92 municípios do nosso estado. Solicitamos a inclusão do RJ na área de recomendação da vacina ao Ministério da Saúde antes de termos casos confirmados, já como uma das medidas preventivas que adotamos nos últimos meses – explicou Luiz Antonio Teixeira Jr., secretário estadual de Saúde.

Na próxima terça-feira (4/1), uma nova reunião técnica no Ministério da Saúde está prevista para definição do fluxo de fornecimento de novos lotes de vacinas para os estados.

Prioridade para habitantes de áreas mais vulneráveis – Em todo o estado do RJ, a estimativa da SES é de que sejam necessárias entre 8 e 9 milhões de novas doses para imunização de cerca de 12 milhões de pessoas, nos 92 municípios, até o fim deste ano. Com base na avaliação do cenário epidemiológico no território fluminense e nos estados vizinhos (Minas Gerais e Espírito Santo), a SES listou 64 municípios prioritários para imunização.

Destes, 36 já tiveram disponibilizadas as doses necessárias para a imunização de seus habitantes. São eles: Aperibé, Areal, Bom Jardim, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Cantagalo, Cardoso Moreira, Carmo, Casimiro de Abreu, Comendador Levy Gasparian, Conceição de Macabu, Cordeiro, Duas Barras, Guapimirim, Italva, Itaocara, Itatiaia, Laje do Muriaé, Macuco, Miracema, Natividade, Paty do Alferes, Porciúncula, Quatis, Rio Bonito, Rio das Flores, Santa Maria Madalena, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São José de Ubá, São Sebastião do Alto, Sapucaia, Silva Jardim, Sumidouro, Trajano de Moraes e Varre-Sai.

Além destes, outros 28 municípios são considerados prioritários. São eles: Araruama, Armação dos Buzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Cachoeiras de Macacu, Carapebus, Engenheiro Paulo de Frontin, Iguaba Grande, Itaperuna, Macaé, Magé, Miguel Pereira, Nova Friburgo, Paraíba do Sul, Petrópolis, Quissamã, Resende, Rio das Ostras, São Francisco de Itabapoana, São José do Vale do Rio Preto, São Pedro da Aldeia, São João da Barra, Saquarema, Tanguá, Teresópolis, Três Rios e Valença.

Organização para vacinação nos municípios – A estratégia de como se dará a vacinação em cada cidade deve ser definida por cada uma das 92 prefeituras, observando a disponibilidade de doses pelo Ministério da Saúde, a capacidade operacional – como número de postos e pessoal capacitado para o trabalho -, além do armazenamento correto das doses, para que não haja perda de vacinas.

Produção de vacina – No Brasil, a vacina contra febre amarela é produzida pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, e entregue ao Ministério da Saúde para definição da distribuição aos estados. Desde o início do ano, o RJ já recebeu mais de 3,1 milhões de doses, retiradas pelos 92 municípios de acordo com suas próprias estratégias vacinais.

– Com base nos pedidos de reposição enviados pelas prefeituras, podemos estimar que 80% do quantitativo já disponibilizado foi utilizado pelas secretarias municipais de Saúde. No RJ, nossa estratégia está sendo definida com base na avaliação constante do cenário epidemiológico e vulnerabilidade dos municípios, priorizando áreas rurais e de matas, uma vez o vetor que transmite a doença é o silvestre. Desde de janeiro, estamos focando os esforços nos municípios localizados nas divisas com Minas Gerais e Espírito Santo e fomos ampliando a lista de cidades prioritárias, avaliando a evolução do cenário epidemiológico – detalha Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES.

Prioridade para habitantes de áreas mais vulneráveis – Para dar apoio aos municípios prioritários, a SES viabilizou uma parceria com o Corpo de Bombeiros e com a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) para que os agentes de saúde municipais possam agir de forma proativa, chegando às zonas rurais mais distantes e áreas de difícil acesso. Em Casimiro de Abreu, município onde foram confirmados os primeiros casos no RJ, a SES esteve presente com o hospital de campanha, que imunizou mais de 6 mil pessoas em 48h.

*Com informações da Secretaria Estadual de Saúde