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Campos, 182 anos: as perdas e ganhos de uma cidade que não para de crescer

O Terceira Via enumerou algumas mudanças que o município passou nos últimos anos e as propostas do governo para o futuro

Geral
Por Redação
28 de março de 2017 - 16h26
(Foto: Silvana Rust)

(Foto: Silvana Rust)

Os moradores mais antigos podem confirmar: Campos, que hoje completa 182 anos de elevação à categoria de cidade, mudou muito nas últimas décadas. Os sinais desta mudança são evidentes, como o crescimento das edificações, em quantidade e tamanho; a ampliação dos empreendimentos comerciais; o trânsito de veículos cada vez mais intenso, levando a congestionamentos frequentes; a violência que preocupa como nunca antes. São aspectos positivos e negativos da transição de uma cidade de interior para uma metrópole em desenvolvimento. Campos se mostra mais próspera do que os antigos se lembram, mesmo diante da crise econômica nacional.

Nos últimos anos, o município foi bastante visado por empresas de médio e grande porte. Embora os investimentos destinados às indústrias ainda sejam considerados abaixo do esperado pelas instituições do ramo, os campistas foram contemplados com inúmeros empreendimentos que colocaram a cidade numa posição de destaque. A chegada do Shopping Boulevard, por exemplo, representou um avanço para a economia: lojas de departamento conhecidas nacionalmente abarcaram ali, o que levou a duas ampliações. Grandes redes de supermercados, como o Walmart, o Atacadão, o Makro e o Extra, também se instalaram em Campos e se mantêm firmes no mercado.

Para o economista Alexandre Delvaux, o “ciclo de prosperidade do petróleo” dos últimos anos contribuiu para o desenvolvimento do município; no entanto, Campos ainda não alcançou o patamar ideal na perspectiva econômica e também social. “O esperado desenvolvimento econômico, a redução da pobreza e o melhor desempenho de indicadores como o IDH, que evidenciam a boa qualidade de vida da população, ainda estão distantes. Temos bolsões de pobreza e forte dependência do setor público, tendo em vista que o setor privado, apesar dos significativos aportes de recursos provenientes dos royalties, não tem força suficiente para gerar empregos e renda para a população”, observa.

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De acordo com Delvaux, a política também tem sua parcela de responsabilidade neste processo. “Durante anos e anos se revezaram no poder governantes não comprometidos com as verdadeiras e necessárias mudanças sociais e econômicas do nosso município. Espero que este entrave ao desenvolvimento de Campos seja superado com o novo governo, teoricamente livre dos vícios e práticas demagógicas que se repetiram ao longo dos anos”, comenta.

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Prefeito aposta na Educação
Onde o município quer chegar nos próximos anos? A equipe de reportagem de O Jornal Terceira Via questionou o prefeito, Rafael Diniz, quanto às medidas que devem ser tomadas que Campos continue a crescer e, segundo ele, um dos principais caminhos é a Educação. “Durante a campanha e neste início de gestão, temos demonstrado que a Educação é o foco, criando políticas educacionais comprometidas de forma a levar aos estudantes o direito à educação de qualidade, além de investir em qualificação e valorização dos nossos profissionais”, afirmou. Rafael também frisou o compromisso com o esporte, lazer e com a cultura.

“Estes são alguns dos grandes desafios que pautamos entre muitos outros, como a devida aplicação dos recursos dos royalties do petróleo na garantia um processo econômico sustentável no município, além da identificação das necessidades do setor produtivo na atualidade, incorporando ao planejamento do município; e reformulação dos mecanismos próprios para promoção do desenvolvimento municipal. A cidade de Campos possui grande potencial econômico, turístico, cultural, científico, entre muitos outros que acabam se entrelaçando. É necessário que possamos enxergar a grandiosidade destes aspectos. Até porque, poucas cidades possuem a força histórica desta planície goitacá. Já tivemos tempos áureos da cana-de-açúcar e também a fartura dos royalties do petróleo, mas a maior riqueza desta terra sempre foi a sua história e os cidadãos que já demonstraram capacidade de se reinventar e se libertar”, concluiu o prefeito.