Campus Campos Centro do IFF. (Foto: Silvana Rust)
Um candidato portador de deficiência visual que prestou concurso público para o Instituto Federal Fluminense (IFF) de Campos no último domingo (19) entrou em contato com a redação do Jornal Online Terceira Via para denunciar o que chamou de “descaso” com aqueles que, como ele, precisam de assistência especial durante a aplicação da prova. Em condição de anonimato, ele revelou despreparo da equipe, falta de estrutura e organização. Além dele, outros quatro deficientes visuais fizeram a prova.
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Candidatos querem anulação de concurso público do IFF
De acordo com o candidato, houve atraso no início da aplicação da prova, que teria começado apenas cerca de 20 minutos após o horário estipulado no edital. “Eles perderam muito tempo minutos nos acomodando nas salas. Não bastasse, houve uma troca de salas que nos tomou mais uns 10 minutos”, afirma, explicando que quase metade da uma hora adicional para completar a prova, que é um direito garantido por lei aos deficientes mediante laudo médico, foi perdida.
O candidato afirma que houve, ainda, dificuldades com a equipe designada para atender os portadores de deficiência e mesmo com as condições do local onde a prova foi aplicada.
“Os ledores, que são aquelas pessoas que lêem a prova para nós, eram despreparados e pareciam nunca haver lidado com deficientes visuais antes. Além disso, nos colocaram em salas próximas, parte das quais estava sem porta. Isso nos permitia ouvir as respostas dos outros candidatos, já que temos que declarar a opção escolhida em voz alta para o ledor”, conta.
“Já fiz outras provas do IFF, mas nenhuma foi assim”, finaliza.
A assessoria de imprensa de IFF foi procurada pela equipe de reportagem do Jornal Online Terceira Via, mas não foi encontrada para comentar o caso.
Outra polêmica — buy Antabuse Este não é o primeiro questionamento que o IFF enfrenta por conta do concurso para preenchimento de vagas em cargos administrativos e de professor. Um grupo de candidatos denunciou o uso de questões idênticas tanto nas provas aplicadas na manhã quanto à tarde, o que teria dado vantagem para quem prestou o concurso por último. Pelo menos 20 perguntas teriam sido repetidas. O grupo reúne provas para levar a denúncia ao Ministério Público Federal (MPF).
Em face das denúncias, o reitor do IFF, Jefferson Azevedo, afirmou em entrevista concedida no início da noite desta segunda-feira (20) que as provas de nível superior realizadas na tarde de domingo serão cancelas. A decisão foi tomada após reunião com Metrópole Soluções Empresariais, empresa contratada por meio de licitação na modalidade pregão eletrônico para organização e realização do concurso.
