O ex-governador Anthony Garotinho, acusado de integrar o esquema que usava o Cheque Cidadão para compra de votos na última eleição, foi recebido por correligionários no Fórum Maria Tereza Gusmão de Andrade, onde acontece a audiência de instrução e julgamento sobre o caso. Ele chegou por volta das 13h, junto com a família ao som de gritos de “justiça” entoados por ex-funcionários da Prefeitura e correligionários. Entre os integrantes da comitiva estavam a ex-prefeita Rosinha Garotinho e os vereadores cassados Linda Mara e Thiago Virgílio — também acusados de integrar o esquema. Veja aqui a chegada do ex-governador Anthony Garotinho.
A audiência começou por volta das 13h20 e acontece na 2ª Vara de Família, presidida pelo juiz Ralph Manhães. Logo após a entrada de Garotinho, Rosinha deixou o local com os filhos. Antes de sair, ela e simpatizantes do ex-governador cantaram louvores religiosos.
Assim que o julgamento começou, a defesa de Anthony Garotinho pediu ao juiz para que a imprensa não acompanhasse a sessão. Ainda assim, a expectativa é de que a entrada dos jornalistas seja autorizada.
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Entenda o caso:
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Garotinho é um dos 39 réus nas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) distribuídas em setembro passado pela Promotoria de Justiça. A acusação é de abuso de poder econômico e político. A Polícia Federal (PF) investiga o caso e já havia prendido Garotinho no último dia 16 de novembro. O ex-governador chegou a passar uma noite em Bangu, no Rio de Janeiro, mas foi solto no dia 25 seguinte, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelecer fiança de R$ 88 mil. Ele está proibido de visitar Campos sem autorização judicial, que permitiu a vinda do ex-governador para a audiência.
Os julgamentos dos suspeitos de participação no esquema começaram em 8 de novembro do ano passado e se estenderam até o dia 28 seguinte, no Fórum Maria Tereza Gusmão. Até o momento, 11 vereadores eleitos e reeleitos já foram condenados em primeira instância: Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Jorge Magal (PSD), Jorge Rangel (PTB), Kellinho (PR), Linda Mara Silva (PTC), Miguelito (PSL), Ozeias (PSDB), Roberto Pinto (PTC), Thiago Ferrugem (PR), Thiago Virgílio (PTC) e Vinicius Madureira (PRP). Em todos os casos, o juiz Eron Simas, da 76ª ZE, decidiu pela cassação dos registros, anulação dos votos recebidos e inelegibilidade por oito anos. Cabe recurso.
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