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Chequinho: Garotinho enfrenta a Justiça nesta segunda-feira

Audiência de instrução e julgamento acontece na 2ª Vara de Família, no Fórum Maria Tereza Gusmão, a partir das 13h10

Campos
Por Marcos Curvello
20 de fevereiro de 2017 - 10h08
Segundo juiz, defesa de Garotinho foi intimada a apresentar defesa "ao menos duas vezes". (Foto: Agência Brasil)

Ex-governador Anthony Garotinho é suspeito de chefiar esquema de compra de votos. (Foto: Agência Brasil)

 

Anthony Garotinho se sentará, nesta segunda-feira (20), no banco dos réus. Suspeito de chefiar um esquema de compra votos por meio de distribuição de inscrições no programa social da Prefeitura de Campos Cheque Cidadão, o ex-governador estará frente a frente com juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral, a partir das 13h10. A audiência de instrução e julgamento acontece na 2ª Vara de Família, no Fórum Maria Tereza Gusmão.

Diferente dos 11 vereadores eleitos que teriam se beneficiado do esquema e que, em sua maioria, foram julgados sem estarem presentes, o ex-governador, que somente pode vir a Campos com ordem da Justiça, será obrigado a comparecer. Em caso de desobediência, ele pode ser preso.

Garotinho é um dos 39 réus nas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) distribuídas em setembro passado pela Promotoria de Justiça. A acusação é de abuso de poder econômico e político. A Polícia Federal (PF) investiga o caso e já havia prendido Garotinho no último dia 16 de novembro. O ex-governador chegou a passar uma noite em Bangu, no Rio de Janeiro, mas foi solto no dia 25 seguinte, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelecer fiança de R$ 88 mil. Ele está proibido de visitar Campos sem autorização judicial, que permitiu a vinda do ex-governador para a audiência.

Os julgamentos dos suspeitos de participação no esquema começaram em 8 de novembro do ano passado e se estenderam até o dia 28 seguinte, no Fórum Maria Tereza Gusmão. Até o momento, 11 vereadores eleitos e reeleitos já foram condenados em primeira instância: Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Jorge Magal (PSD), Jorge Rangel (PTB), Kellinho (PR), Linda Mara Silva (PTC), Miguelito (PSL), Ozeias (PSDB), Roberto Pinto (PTC), Thiago Ferrugem (PR), Thiago Virgílio (PTC) e Vinicius Madureira (PRP). Em todos os casos, o juiz Eron Simas, da 76ª ZE, decidiu pela cassação dos registros, anulação dos votos recebidos e inelegibilidade por oito anos. Cabe recurso.