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Ex-governador Anthony Garotinho poderá ser expulso do PR

Reportagem do Jornal O Globo apurou que ele teria usado a propaganda partidária para promoção pessoal e ataques a adversários

Estado do RJ
Por Redação
17 de fevereiro de 2017 - 20h08
Anthony Garotinho Foto: Silvana Rust

Anthony Garotinho Foto: Silvana Rust

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou 80 inserções da propaganda partidária gratuita que o Partido da República (PR) teria direito. Segundo o PR, Anthony Garotinho, presidente da sigla, no Rio, teria usado o espaço para promoção pessoal e ataque a adversários. O ato deixou o presidente nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues, irritado.

Em entrevista ao Globo, Antônio Carlos Rodrigues disse que há uma indignação entre os dirigentes dos outros estados, que serão prejudicados com o ato de Garotinho. Ainda segundo o Globo, outros dirigentes já procuraram os líderes para entrar no Conselho de Ética para abrir processo contra o ex-governador.

“ Como a Executiva Nacional deu autonomia para os 27 estados regionalizarem a propaganda partidária, a gente nunca esperava que o Garotinho fosse fazer isso. Ele não é uma pessoa inexperiente, e não foi por falta de alerta. Há uma revolta grande no PR contra ele, porque o mau uso da propaganda partidária no Rio queimou as 80 inserções que teríamos no primeiro semestre. Infelizmente não cabe recurso no TSE, porque há prova documental do mau uso das inserções pelo Garotinho”, disse Antônio Carlos Rodrigues ao Globo.

“ Como presidente, a primeira providência que posso tomar, monocraticamente como presidente, é suspender a regionalização da propaganda no Rio para sempre. Eu conversei com o Garotinho, mas ele é complicado. É professor de Deus”, disse o presidente nacional do PR ao jornal Globo.

A assessoria de Garotinho respondeu em nota: “O presidente nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues, jamais me procurou para tratar desse assunto. O que existe – e está no site do TSE – é que o tempo de propaganda do partido foi cassado por não promover a participação política feminina, e não pelos motivos alegados”, afirma a nota.

*Com informações do Jornal Globo