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RPAs impedem volta às aulas em escola e creche de Guarus

Eles são moradores do bairro e foram dispensados em dezembro. Agora reivindicam retorno.

Campos
Por Redação
15 de fevereiro de 2017 - 18h01
Escola Municipal fechada por RPAs (Foto: Divulgação)

Escola Municipal fechada por RPAs (Foto: Divulgação)

Uma escola e uma creche municipais do bairro Jardim Boa Vista, em Guarus, não funcionaram nesta quarta-feira (15) devido a uma manifestação promovida pelos profissionais contratados por RPA (Recibo de Profissional Autônomo) que, até o ano passado, trabalhavam nas duas unidades. Eles, que são moradores da comunidade, foram dispensados em dezembro do ano passado e tinham a esperança de retornarem este ano, mas, ao invés disso, a Prefeitura de Campos teria contratado outros profissionais que residem em outras áreas do município. Segundo os manifestantes, eles ajudaram a fundar a escola e a creche e, por isso, mereciam continuar exercendo suas funções ali. A ação dos RPAs foi apoiada pela diretora e pelos professores das duas unidades e também pelos moradores do bairro.

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Segundo uma RPA que preferiu não se identificar, eles impediram o retorno das aulas às 7h desta quarta a fim de recuperar suas funções dentro da Escola Municipal Anleifer Leite Fernandes e da Creche Escola Bruno Macabu. Ao todo, 10 RPAs moradores do Jardim Boa Vista — entre merendeiras, profissionais de limpeza e cuidadoras de crianças com necessidades especiais — foram dispensados em dezembro e esperavam o retorno em janeiro e fevereiro deste ano, como acontecia nas gestões anteriores. A funcionária contou que foram esses RPAs, junto a toda comunidade, que solicitaram a implantação da escola e da creche no bairro e, por isso, “mereciam permanecer no trabalho”. “Nós fundamos essas unidades escolares, estamos aqui desde que foram inauguradas e, além disso, somos moradores do bairro e achamos que o justo seria que essas vagas de emprego fossem destinadas a nós”, explicou.

Os portões foram trancados pelos antigos funcionários (Foto: Divulgação)

Os portões foram trancados pelos antigos funcionários (Foto: Divulgação)

Ao contrário do que esperavam os moradores do Jardim Boa Vista, em janeiro deste ano a Prefeitura de Campos contratou oito profissionais por RPA que são oriundos de outros bairros distantes da comunidade. “Isso não faz o menor sentido, até porque RPA não recebe vale transporte, então sair do Horto para ir até Guarus não compensa para ninguém. Só o que pedimos é que o governo valorize quem mora aqui e dá o sangue por essa escola e creche. Nós conhecemos a comunidade e as necessidades das crianças daqui. Não adianta colocar alguém de fora porque eles não têm relação com o bairro”, declarou.

A direção da escola e da creche, bem como os professores das duas unidades, teria apoiado a manifestação dos RPAs. Os moradores do Jardim Boa Vista também estiveram ao lado desses profissionais dispensados no ano passado.

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Os RPAs afirmaram ainda que, caso a Prefeitura não indique uma solução para o problema, a manifestação deve continuar na quinta-feira (16) com o fechamento dos portões das duas unidades. “Se houvesse um processo seletivo, se moradores de outros bairros tivessem conquistado essas vagas por meio de provas, a nossa reivindicação não seria digna. Mas isso não aconteceu. E se não aconteceu, não há porque não dar preferência para quem mora aqui. Até porque, todos nós apoiamos a candidatura do Rafael Diniz e não tínhamos relação de proximidade com a antiga gestão. Essa é uma atitude que não tem explicação”, disse uma das manifestantes.

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Esses RPAs que reivindicam o retorno também não receberam o pagamento referente ao mês de dezembro que seria uma responsabilidade da gestão anterior.

Em nota, a prefeitura de Campos informou: “Nós priorizamos os contratos através de pessoas que moram perto dos bairros. Muitas das pessoas que trabalham nas escolas por este segmento – de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) – moram próximas aos bairros onde estão alocadas. A minoria que trabalha mais afastada foi alocada em escola onde havia demanda correspondente a sua especialização. Estamos em contato com os diretores das escolas para que estes sejam ouvidos em relação às pessoas que trabalhavam por mais tempo nessas unidades escolares para possível adesão, dentro dos limites financeiros do município, de algumas delas.”