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Garotinho sonha com o Senado, mas há um juiz no caminho

Ex-governador tem audiência do caso Chequinho marcada para o dia 20; juiz já tornou 11 vereadores inelegíveis por oito anos

Campos
Por Marcos Curvello
15 de fevereiro de 2017 - 12h20
30/09/2014 - Debate com os candidatos ao governo do Rio de Janeiro na Rede Globo de televisão. Anthony Garotinho Foto: Inácio Teixeira/ Coperphoto

Foto: Inácio Teixeira/ Coperphoto

O jornalista Paulo Cappelli abriu a edição dessa terça-feira (14) da coluna Informe do Dia, publicada pelo jornal O Dia, com a notícia de que “sem mandato, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) pretende se candidatar ao Senado no ano que vem”. Segundo Cappelli, Garotinho “acredita que boa votação no interior do estado lhe garantirá a cadeira. E aposta no fato de que, diferentemente da eleição passada, em 2018 serão duas as vagas a serem preenchidas”.

De acordo com o jornalista, a disputa deve contar, ainda, com outros nomes. Cappelli cita, diretamente, o ministro dos Esportes, Leonardo Picciani (PMDB), e o senador Eduardo Lopes (PRB), suplente que assumiu a vaga após a eleição de Marcelo Crivella para a Prefeitura do Rio de Janeiro.

Uma sentença judicial, porém, pode atrapalhar os planos do ex-governador. O juiz Ralph Manhães marcou para o próximo dia 20 a audiência de instrução e julgamento de Garotinho no caso Chequinho. Ele é um dos 39 réus nas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) distribuídas em setembro passado pela Promotoria de Justiça. Como os demais, ele é suspeito de participação em um esquema de compra de votos por meio de inscrição irregular de eleitores no programa social Cheque Cidadão, criado por sua esposa, a ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR), que também é investigada.

Os julgamentos dos suspeitos de participação no esquema começaram em 8 de novembro do ano passado e se estenderam até o dia 28 seguinte, no Fórum Maria Tereza Gusmão. Até o momento, 11 vereadores eleitos e reeleitos já foram condenados em primeira instância: Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Jorge Magal (PSD), Jorge Rangel (PTB), Kellinho (PR), Linda Mara Silva (PTC), Miguelito (PSL), Ozeias (PSDB), Roberto Pinto (PTC), Thiago Ferrugem (PR), Thiago Virgílio (PTC) e Vinicius Madureira (PRP). Em todos os casos, o juiz Eron Simas, da 76ª ZE, decidiu pela cassação dos registros, anulação dos votos recebidos e inelegibilidade por oito anos.

Se Manhães decidir tornar Garotinho inelegível, o sonho do Senado pode ter de ficar para 2026. Talvez até mesmo depois.