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Campistas estão ‘viajando na maionese’

Um hábito alimentar discutível, mas que é quase uma unanimidade no paladar do campista que consome sempre mais

Entretenimento
Por Thiago Gomes
15 de fevereiro de 2017 - 21h04
Consumo da maionese em Campos (Foto: Silvana Rust)

Consumo da maionese em Campos (Foto: Silvana Rust)

A receita varia, mas a base é ovo ou leite, óleo, limão ou vinagre e sal. Bate tudo no liquidificador, com jeitinho para não desandar, e está pronta a maionese que caiu no gosto do campista. Não há lanchonete ou “podrão” na cidade que não sirva a iguaria. Apesar de muito comum, a maionese caseira, o tipo mais apreciado em Campos, pode causar sérios riscos à saúde e, por isso, sua comercialização é proibida pela Vigilância Sanitária.

Se para os paulistas, por exemplo, pedir maionese para acompanhar uma pizza soa como ofensa, em Campos ela não pode faltar nas pizzarias. O molho também é servido com os mais variados tipos de sanduíches, salgados, saladas e pela planície alguns a colocam até no churrasco. Proprietário de uma lanchonete há 25 anos, Lindbergh Soares conta que a maionese é um artigo indispensável em seu estabelecimento. No entanto, ele revela que o campista tem certa resistência para consumir a maionese industrializada servida em sachês.

Com a proibição de comercializar a de tipo caseira, se viu sem alternativa e ouve muitas reclamações dos clientes. “A maioria nem liga muito para o ketchup, vai logo perguntando pela maionese. Quando falo que não é caseira, já olham torto para mim. O campista ama, de verdade, a maionese. Não posso nem imaginar ficar sem ela um dia sequer. É prejuízo na certa”, garantiu o comerciante.

A estudante Júlia Gonçalves, 19 anos, conta que come quase tudo com o molho. Apesar de jovem, já luta contra as altas taxas de colesterol, mas, ainda assim, não abre mão da maionese na hora de saborear um sanduíche ou uma pizza. “Minha mãe prepara a nossa maionese em casa e fica uma delícia. Ela vai bem com quase tudo”, ressaltou a estudante.

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Há oito anos um empresário de Bom Jesus do Itabapoana lançou no mercado uma maionese diferente: apesar de industrializada, tem gosto de produto artesanal. Não demorou muito para cair nas graças dos campistas. Ela não esbarra na lei, pois possui registro no Ministério da Agricultura, e agrada aos clientes, já que conserva o sabor caseiro.

O empresário José Francisco de Oliveira Guedes garante que sua maionese é a primeira no Brasil com baixa acidez. Isso significa que seu produto, por levar menos conservantes, não pode ficar nas prateleiras como as concorrentes. Tem que ser refrigerada 100% do tempo, inclusive d u – rante o transporte, e possui prazo de validade curto. Tudo isso para garantir o sabor “de casa”.

José Francisco começou com uma pequena unidade, que agora está sendo ampliada, junto com sua linha de produtos, que já conta com quatro sabores: tradicional, salsa e cebola, ervas finas e azeitona preta. Atualmente o produto é distribuído para 20 cidades do Espírito Santo, 26 de Minas Gerais e 12 do Rio de Janeiro, incluindo Campos. “A ideia de lançar o produto surgiu das várias experiências que tive ao longo de 25 anos atuando nos mais diversos segmentos do comércio. Na verdade, nossa maionese é igual às outras, mas conserva o sabor caseiro, o que faz toda a diferença”, brincou o empresário.

purchase Lasix História da maionese

Há várias versões para o surgimento da maionese. Uma das mais notórias dá conta de que foi inventada por um francês que era chef de cozinha do Duque de Richelieu em 1856. Quando, no início da Guerra dos Sete Anos (1756 a 1763), o duque derrotou os ingleses no porto Mahon, capital da ilha de Minorca, na Espanha, seu chef de cozinha criou um molho feito à base de um creme de ovos para ser servido na festa da vitória. Quando o chef percebeu que não havia mais creme na cozinha, improvisou, substituindo-o por óleo.

O novo creme foi batizado de “Mahonnaise” em homenagem à vitória do duque na batalha do porto Mahon. No ano de 1905, Richard Hellman, um alemão proprietário de uma loja gourmet em Manhattan, na cidade de Nova Iorque, usou a receita da esposa e começou a vender maionese pronta em potes de madeira. A primeira venda foi no Hellman’s New York Deli. Em 1913, por motivos de higiene, a comercialização passou a ser feita em potes de vidro. Era mais fácil de vender e o produto foi comercializado em larga escala. Era então chamado “Hellman’s Blue Ribbon Mayonnaise”.