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Passageiros da agonia

Não só o trânsito, mas os usuários do sistema de transporte coletivo estão engarrafados

Campos
Por Coluna do Balbi
12 de fevereiro de 2017 - 7h00

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Conduzir Campos para o rumo certo na Saúde, na Educação, e também no Transporte é um desafio de primeiro momento do novo governo municipal, mas que vem de outros momentos acumulados. Não só o trânsito, mas os usuários do sistema de transporte coletivo estão engarrafados. Levam em média, em muitos casos, par de horas esperando um ônibus. Acabam socorridos pela teia da ilegalidade, as chamadas lotadas, com carros aos pedaços, um verdadeiro Uber de submundo, onde o usuário coloca sua segurança no curso do itinerário.

Reportagem Especial desta edição mostra como os problemas foram se estacionando no transporte coletivo, hoje sucateado, com horários irregulares, com os passageiros se assemelhando a sardinhas enlatadas, como se diz na gíria. Um terminal, em estado literalmente terminal na Beira-Rio, agoniza com a falta de ônibus.

Os passageiros que só querem voltar para casa, rezam para não chover, caso contrário vão chegar atrasados e molhados. Não existem vagas nem para sentar e tem gente alugando cadeiras na fila de espera. Não se espera isso de uma cidade com mais de meio milhão de habitantes e que já contou com um transporte público razoável.

Parte deste problema e filhote de uma solução paliativa, que foi o preço artificial da passagem. Passagem barata em um lugar sem ônibus. Parte da cidade do Rio de Janeiro, que não é exemplo algum de eficiência no transporte público está discutindo a climatização dentro dos ônibus, o ar condicionado, que deixou de ser luxo para ser necessidade. A maioria dos ônibus do Rio conta com ar condicionado e o restante deverá contar até o final do ano.

O Rio renova sua frota e descarta os coletivos velhos para cidades como Campos. Algo precisa ser feito urgentemente para inverter esse quadro, ou seremos uma cidade onde o transporte coletivo, aprimorado em todo mundo será um sonho distante. Todos os dias o número de “lotadas” aumenta assim como os riscos para os passageiros desta agonia.

O governo municipal que acaba de assumir começa a radiografar o problema e identificar as fraturas. Se depara com um serviço essencial negligenciado, engessado, literalmente atrasado, fora do ponto, que parece não ter ponto final e que anda em ponto morto, ou melhor, de marcha-à-ré.