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Sepe: falta de papel higiênico a material didático em creches e escolas de Campos

Problemas levaram secretaria de Educação a adiar início do ano letivo de 2017 em uma semana

Campos
Por Thiago Gomes
1 de fevereiro de 2017 - 0h01

assalto-na-escola-municipal-pequeno-jornaleiro-silvana-rust-37Falta de material didático, de itens para limpeza, de produtos para higiene pessoal e para alimentação dos alunos, além da ausência de profissionais como auxiliares de turma, auxiliares de limpeza, porteiros, vigias, merendeiras, entre outros. Estes foram alguns dos problemas encontrados pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) nas escolas e creches do município, que fizeram a Secretaria Municipal de Educação adiar o início do ano letivo em uma semana.

De acordo com a coordenadora geral do Sepe em Campos, Norma Dias da Costa, o sindicato protocolou ofício na secretaria de Educação de Campos, nesta terça-feira (31), informando que não havia a menor condição de que o ano letivo nas unidades fosse iniciado no dia 6 de fevereiro, conforme chegou a ser estabelecido pelo órgão municipal. Ainda segundo Norma, a decisão de solicitar o adiamento foi tomada em assembléia com a classe no último dia 30.

Sobre material pedagógico, foi mapeada a falta de papel A4, papel ofício, lápis, borrachas, cadernos, livros didáticos, apontadores, canetas para quadro, apagadores, tesouras, quadros brancos, cola, papel pardo, EVA, TNT, toner, e outros.

Entre os materiais de limpeza e de higiene pessoal, não há nas unidades escolares luvas de borracha, vassouras, baldes, sacos de chão, rodos, cloros, desinfetante, sabão em pó, detergente, esponjas de aço, sabonetes, fraldas descartáveis, papel higiênico, xampu, creme dental, escovas de dente, lenços umedecido e toalhas.

Colchonetes, lençois, berços, mamadeiras e copos plásticos, também estão em falta. Sobre a estrutura física das escolas e creches, o Sepe disse que muitas precisam de pintura, pequenos reparos na rede hidráulica e elétrica, capina limpeza de fossas e caixas de gordura.

“Todos os representantes das escolas que participaram da assembléia relataram que não há condições de iniciar o ano letivo por causa de problemas estruturais. Algumas unidades estão sem o básico para receber os alunos”, reiterou Norma.

De acordo com o secretário municipal de Educação, Brand Arenari, a falta de uma transição correta e madura da gestão passada causou problemas no planejamento da pasta. A mudança foi tomada em comum acordo com o Sepe.

“Mesmo com o cenário negativo, fizemos um grande esforço para que o início do ano letivo não sofresse alterações. Porém, sem as informações necessárias que não foram passadas na transição, criou-se uma série de questões, entre eles o abandono de algumas unidades e a ausência de um sistema eficaz na secretaria. Temos que organizar diversos setores que se encontravam extremamente precarizados como transporte, infraestrutura e merenda. Chegamos a essa decisão ouvindo a categoria, e o Sepe concordou com a medida para o bem de alunos e professores”, disse Brand.