×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Acusados de matar analista judiciária ainda não respondem a ação administrativa da Guarda

Uenderson e Genessi cumprem prisão preventiva, sendo que Genessi já foi condenado por homicídio

Campos
Por Redação
27 de janeiro de 2017 - 7h00
Uenderson Mattos (Foto: reprodução)

Uenderson Mattos (Foto: reprodução)

Os guardas civis municipais Uenderson de Souza Mattos e Genessi José Maria Filho, acusados de participação no assassinato da analista judiciário Patrícia Manhães, em abril de 2016, ainda integram os quadros da corporação. Segundo o comando da Guarda, qualquer medida administrativa depende da conclusão do inquérito e decisão judicial. Ambos, além de um terceiro envolvido no crime, cumprem prisão preventiva na Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro. Genessi, inclusive, foi condenado a seis anos de prisão e cumpriu pena por homicídio.

Leia também: Justiça não definiu se guarda acusado de matar analista vai a Júri Popular

De acordo com o comandante da Guarda Municipal, Wyllian Bolckau, a prisão dos servidores foi comunicada à época à secretaria de Gestão e a Procuradoria para adoção das medidas cabíveis.

“Ambos tiveram o pagamento de seus vencimentos suspensos e seus familiares já requereram o auxilio reclusão, conforme previsto no Estatuto do Servidor em seu artigo 120, parágrafos 1 e 2, que assegura o pagamento de 2/3 do salário a seus dependentes. Qualquer outra medida administrativa depende da conclusão do inquérito e decisão judicial”, informou o comandante em nota enviada ao Jornal Terceira Via.

Audiência
No último dia 24, os acusados de envolvimento no homicídio foram ouvidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Campos, Diego Fernandes Silva Santos. Uenderson é apontado como mandante do crime e Genessi como o contratante do pedreiro Jonathan Bernardo Lima para matar a analista judiciária. No mesmo dia, a defesa de Uenderson pediu a liberdade provisória do acusado, mas o juiz negou. Justiça vai decidir de os três vão a júri popular ou não.

Segundo o Ministério Público Estadual, “devem os acusados continuar respondendo ao processo com a liberdade cerceada, para a garantia da ordem pública, evitando-se a reiteração criminosa por parte dos mesmos. Não se deve perder de vista que o acusado Genessi já respondeu por fatos tão graves como o presente, assim como Jonathan, o que demonstra o risco de que, em liberdade, continuem a delinquir, inclusive ameaçando as testemunhas que prestarão seus relatos em plenário, caso sejam pronunciados”.

Crime
Patrícia foi assassinada a tiros dentro de seu carro no final da tarde do dia 13 de abril. Ela estava no estacionamento da Guarda Ambiental, no bairro Ceasa, aguardando o marido, que teria entrado no órgão para falar com um primo. Uenderson foi apontado como principal suspeito do crime e teve prisão cumprida no dia 25 do mesmo mês.