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Antes do circo, o pão

Com dinheiro curto, os novos prefeitos deixam acertadamente em um segundo plano o recreio, pois, mais importante é a merenda.

Opinião
Por Redação
24 de janeiro de 2017 - 14h50
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(Foto: Carlos Grevi)

Esse verão certamente não está sendo igual aqueles que passaram. Com dinheiro curto, os novos prefeitos no momento de elencar as prioridades, onde Saúde e Educação estão no topo da pirâmide, deixam acertadamente em um segundo plano o recreio, pois, mais importante é a merenda.

As praias da região, como a de Farol, Grussaí e Atafona, principalmente essas, vêm de uma sequência de verões de show milionários pagos pelos municípios, o que até os anos 90 não era uma prática. Depois passou a ser promessa de campanha.

Nada contra entretenimento, mas desde que se possa pagar por ele. É um risco alguém somar nos últimos 10 verões os cachês milionários pagos a artistas de mídia nacional. A soma corrigida seria certamente assustadora e capaz de tirar qualquer município do vermelho.

Acertam na mosca os municípios que decidiram deixar o verão acontecer como antigamente, entregando à iniciativa privada a responsabilidade de organizar eventos, com patrocínios em casos de shows gratuitos.

E, nem por isso, apesar da crise, esse verão que já caminha para fechar o primeiro tempo, está levando uma goleada. Pode não estar com aquela bola toda, mas os bares e restaurantes nos fins de semana estão praticamente lotados. Ninguém está deixando de se divertir porque não tem um nome famoso no palco.

E mesmo quando a situação financeira se recompor, os municípios devem adotar a mesma postura. Até porque, comerciantes, como os do Farol, garantem que estão tendo mais resultados financeiros na real situação. O circo, uma expressão importante da cultura é necessário, mas, antes dele, o pão.