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Sérgio Moro e outras autoridades lamentam a morte do ministro Teori Zavascki

Pastor evangélico Silas Malafaia sugere que Moro assuma o lugar do ministro no STF

País
Por Redação
20 de janeiro de 2017 - 0h01
Sergio Moro (Foto: reprodução facebook)

Sergio Moro (Foto: reprodução facebook)

O juiz federal Sérgio Moro, que virou símbolo da Operação Lava Jato, afirmou que o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, morto nesta quinta-feira, 19, em acidente aéreo no mar de Paraty, foi ‘um herói’. Teori, que era relator da Lava Jato na Corte máxima, estava em um bimotor que caiu no litoral do Rio. Outras duas pessoas morreram no acidente.

“Tive notícias do falecimento do ministro Teori Zavascki em acidente aéreo. Estou perplexo. Minhas condolências à família. O ministro Teori Zavascki foi um grande magistrado e um herói brasileiro. Exemplo para todos os juízes, promotores e advogados deste País. Sem ele, não teria havido Operação Lava Jato. Espero que seu legado de serenidade, seriedade e firmeza na aplicação da lei, independente dos interesses envolvidos, ainda que poderosos, não seja esquecido”, afirmou Moro.

A aeronave decolou do Campo de Marte, aeroporto localizado na capital paulista, às 13h, e caiu por volta das 13h45, segundo a Marinha. Segundo informações disponíveis no site da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o Beechcraft C90GT tem capacidade para sete passageiros, além do piloto. É um avião bimotor turboélice fabricado pela Hawker Beechcraft. A aeronave PR-SOM está registrada em nome da Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras Limitada.

Relator da Lava Jato na Corte, o ministro era o responsável por conduzir os desdobramentos da maior investigação de combate à corrupção no País que envolvem autoridades com foro privilegiado. Teori estava empenhado, nos últimos meses, na análise da delação premiada dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, o mais importante acordo celebrado pela operação até aqui e que aguarda homologação.

Até então, o ministro já havia homologado 24 delações premiadas no âmbito da operação que implicam políticos dos principais partidos do País, da base e da oposição do governo federal.

Teori foi ministro do Supremo Tribunal Federal a partir de 29 de novembro de 2012. O ministro foi presidente da 2ª Turma da Corte entre 2014 e 2015.

Veja os relatos das demais autoridades brasileiras

Foto: Marcos Corrêa/PR

Foto: Marcos Corrêa/PR

Michel temer –Em rápido pronunciamento no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer referiu-se ao acidente com o avião que transportava Teori como um “doloroso acontecimento”. “Recebemos com profundo pesar a notícia do falecimento do ministro Teori Zavascki. Neste momento de luto, manifesto aos familiares do ministro e demais ocupantes do voo meus sentimentos de pesar e associo-me a todos os brasileiros ao lamentar a perda de um homem público exemplar”, declarou Temer. Ressaltou ainda que ações de Teori “a favor do direito e da Justiça” sempre distinguiram o ministro. “Teori Zavascki era homem de bem”, afirmou Temer, antes de decretar luto oficial de três dias como “uma modesta homenagem” ao magistrado.

Renan Calheiros – O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que “roga” pelo esclarecimento do acidente que levou à morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki.

“Em nome do Congresso Nacional, manifesto minhas condolências à família e rogo pelo rápido esclarecimento das causas desse trágico acidente”, afirmou Renan em nota de pesar. Teori morreu em um acidente aéreo na tarde desta quinta-feira, 19, em Paraty, no Rio de Janeiro. O ministro era o relator no Supremo da Operação Lava Jato.

Renan enalteceu o trabalho de Teori e afirmou que o ministro se destacava pela “pela seriedade, brilhantismo e tranquilidade na defesa do Poder Judiciário e de todas as instituições brasileiras”.

A substituição do ministro Teori Zavascki precisa, necessariamente, ser aprovada pelo Senado Federal. Após indicação do presidente Michel Temer, o nome do novo ministro será avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Carlos Velloso -O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso afirmou que o presidente Michel Temer terá uma “responsabilidade muito grande” em escolher o sucessor do ministro Teori Zavascki, morto em acidente de avião na tarde desta quinta-feira, 19.

Isto porque o substituto de Teori “herdará” todas as ações da Operação Lava Jato na Corte. Segundo Velloso, as ações ficarão “aguardando” o sucessor ser designado pelo presidente, exceto em casos urgentes, que poderiam ser analisados por um dos outros dez ministros.

“Teori era um grande juiz. Um ministro do Supremo tem que ter certas características, uma delas é o recato, e Teori era uma pessoa ideal, recatado, discreto, alheio aos holofotes, então eu acho que realmente o presidente Temer vai ter uma grande responsabilidade em encontrar um sucessor à altura de Teori. Ele era um homem preparado, de conduta ilibada. Um grande ministro precisa ser sucedido por um grande ministro. E esse sucessor vai herdar todas essas ações da Lava Jato”, disse Velloso.

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Dilma Roussef – A ex-presidente Dilma Rousseff lamentou, em nota, a morte do ministro. “É com imenso pesar que recebo a notícia da trágica morte do ministro Teori Zavascki. Hoje perdemos um grande brasileiro”, afirmou.

Dilma lembrou que o ministro foi indicado por ela para a vaga no Supremo e destacou que ele “desempenhou esta função com destemor como um homem sério e íntegro.” “Como juiz e cidadão, Teori se consagrou como um intelectual do Direito, zeloso das leis e da Justiça. Tive o privilégio de indicá-lo para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), com ampla aprovação do Senado”, afirmou a petista, que lamentou a “dor da família e dos amigos, recebam meus sentimentos de pesar e respeito”.

Senado

A bancada do PT no Senado também lamentou a morte do ministro Teori Zavascki. Em nota, os petistas enalteceram a atuação do ministro como relator da operação Lava Jato e também relembraram que Teori foi nomeado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

“Teori Zavascki foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff pelo trabalho desenvolvido junto ao Superior Tribunal de Justiça, entre 2003 a 2012. Atual relator dos processos da Operação Lava Jato, desde março de 2015, o ministro Teori Zavascki desempenhou suas funções de forma isenta e independente à frente das instituições”, afirma a nota.

A texto diz ainda que, mesmo com a tragédia, os parlamentares acreditam que as investigações sobre os casos de corrupção se mantenham pautadas pelo interesse público. Os principais nomes do PT no Senado são investigados pela Lava Jato: Humberto Costa (PE), Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR).

Costa, que é o líder da bancada, lamentou no Twitter a morte do ministro. O senador ressaltou que Teori teve uma “trajetória jurídica pautada pela ética e competência”.

Silas Malagaia (Foto: reprodução facebook)

Silas Malagaia (Foto: reprodução facebook)

Silas Malafaia – O Pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, defendeu que o presidente Michel Temer (PMDB) nomeie o juiz federal Sérgio Moro como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo na tarde desta quinta.

“Se Temer quer honrar o exemplo de honestidade, nomeia o Moro para o STF. Ele que substitui o relator da Lava Jato no STF”, afirmou Malafaia em postagem feita em sua conta do Twitter. Moro comanda as investigações da Lava Jato na primeira instância, enquanto Teori era relator dos processos da operação no Supremo.

Com a morte o ministro, caberá a Temer, que foi citado 43 vezes na delação de um dos executivos da Odebrecht, indicar o substituto de Teori no STF. Não se sabe ao certo ainda, porém, se a homologação das delações da empreiteira, que seriam feitas por Teori, deverão ser feitas pelo futuro substituto ou serão repassadas para outro ministro da Corte.

Marcelo Crivella – “A Justiça brasileira perdeu hoje um de seus pilares. Teori Zavascki era uma referência para aqueles que prezam uma justiça isenta e ética. Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2012, ele teve uma trajetória respeitada desde os tempos de magistrado e professor, que sempre defendeu a aplicação da lei com seriedade e conformidade. Teori marcou seu nome na história de nosso País. É um dia de tristeza para a família, amigos e todos os brasileiros”

Carlos Lupi- O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, lamentou a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e afirmou ser indispensável uma investigação rigorosa sobre as condições do acidente. “Ele era uma figura estratégica, equilibrada, independente”, disse. Lupi avaliou que a morte de Teori significa uma perda para o País. Para ele, no entanto, a Operação Lava Jato não será afetada de forma significativa. “A operação tem vida própria. O ministro era relator do processo, mas uma solução será encontrada.”

Aécio Neves - Foto: reprodução facebook

Aécio Neves – Foto: reprodução facebook

Aécio Neves  – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou em nota que o País tem uma grande dívida com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. O magistrado morreu na tarde desta quinta-feira, 19, em acidente aéreo em Paraty (RJ).

“O Brasil tem uma grande dívida de reconhecimento e gratidão com o ministro pela forma equilibrada e responsável com que ele conduziu um dos momentos mais difíceis da história do País”, escreveu Aécio, em referência à função do ministro como relator no STF da operação Lava Jato.

O senador afirmou ainda que Teori ocupou com honra a cadeira da mais alta Corte do Brasil e disse estar profundamente impactado pela tragédia.

Rodrigo Maia- O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ter recebido com “grande impacto e consternação” a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki em acidente aéreo. Para o parlamentar fluminense, o ministro, que é relator da Operação Lava Jato na Corte, “engrandeceu” o STF com uma postura “firme, discreta e justa”.

“Sob grande impacto e consternação recebi a informação da morte do ministro Teori Zavascky. O ministro engrandeceu o Supremo Tribunal Federal com uma postura firme, discreta e justa. Neste momento, em nome da Câmara dos Deputados, dirijo meus pensamentos e orações aos familiares e aos milhares de brasileiros que compartilham o sentimento de grande tristeza”, afirmou Maia em nota oficial.

Eliseu Padilha – O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, usou o Twitter para lamentar a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki. “Teori Zavascki, um dos mais brilhantes ministros do STF, morreu. Os brasileiros perdem um exemplar cidadão e um Magistrado qualificadíssimo”, escreveu o ministro do governo Michel Temer.

“Com grande tristeza recebi a confirmação da morte do brilhante Ministro Teori Zavascki. Todos nós perdemos um laureado e justo Magistrado”, acrescentou.

Rodrigo Janot - Foto: reprodução facebook

Rodrigo Janot – Foto: reprodução facebook

Rodrigo Janot – procurador-geral da República, lamentou a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Por meio de nota, Janot afirmou que Teori, responsável pelas ações da Operação Lava Jato na Corte, “não hesitou em adotar medidas inéditas” para a Suprema Corte, a pedido do Ministério Público Federal.

“É inegável e inquestionável a grande contribuição que o ministro Teori Zavascki deu ao Estado Democrático de Direito Brasileiro a partir da sua atuação como magistrado”, escreveu o procurador-geral. Segundo Janot, Teori “honrou o papel de magistrado ao atuar de forma ética, honrada, isenta, discreta e extremamente técnica durante toda a sua carreira”.

O procurador-geral cancelou todos os compromissos que tinha na Suíça, inclusive uma reunião com o procurador-geral Michael Lauber, para retornar ao Brasil. Ele deve desembarcar nesta sexta-feira, 20, em Brasília no fim do dia. Visivelmente consternado, o procurador não quis falar sobre o acidente. A PGR vai decretar luto oficial. Na Suíça, Janot iria tratar da ampliação da Lava Jato.

Geraldo Alckmin – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou por meio de nota, que “milhões e milhões” de brasileiros depositavam no ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) e morto em acidente aéreo na tarde desta quinta-feira, a esperança de um Brasil melhor e mais justo.

“O Brasil perde um homem da Justiça, e os brasileiros, um dos protagonistas da Justiça”, disse Alckmin. “Teori Zavascki era uma das pessoas mais lúcidas e coerentes do Judiciário. Um humanista, tolerante e atencioso com as pessoas e suas diferentes formas de pensar, era modelo de sobriedade do magistrado”, acrescentou.

O governador paulista disse que o trabalho de Teori, classificado por ele como “invencível” e criterioso”, terá de ser continuado. “Teori Zavascki dignificou o magistério e a magistratura do Brasil. Fará muita falta”, declarou.

José Ivo Sartori – O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), decretou nesta quinta-feira, 19, luto oficial no Estado por três dias em memória do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que morreu na queda de um avião de pequeno porte em Paraty, no litoral sul do Rio.

“Aos familiares, nossas condolências”, postou Sartori, no Twitter. Ele afirmou que a morte de Teori Zavascki é uma “perda que consterna profundamente a população gaúcha e brasileira”. “Construiu família e grande parte de sua trajetória no Rio Grande do Sul, o que sempre foi motivo de orgulho para todos nós”, lembrou Sartori na postagem.

O governador do Rio Grande do Sul escreveu também que Teori, além de “notável jurista e magistrado, foi um grande ser humano”. “A carreira do ministro Teori Zavascki testemunha valores de civismo, dignidade, conhecimento e independência”, assinalou.

 

Delegados da PF – s delegados de Polícia Federal disseram, em nota oficial de sua entidade de classe, que o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, “contribuiu de forma inestimável para o combate à corrupção”.

Teori morreu na tarde desta quinta-feira, 19. O avião bimotor que ele ocupava com mais três passageiros caiu nas águas do mar de Paraty, litoral do Rio.

“No Supremo desde 2012, ele era um dos juízes mais respeitados do Brasil e contribuiu de forma inestimável para o combate à corrupção”, declarou, em nota, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF).

A nota é subscrita pelo delegado Carlos Eduardo Sobral, presidente da entidade.

“Como relator da Operação Lava Jato, o ministro sempre garantiu à Polícia Federal as condições necessárias para a realização de suas operações”, diz o texto.

“Sua contribuição para o enfrentamento da corrupção e do crime organizado no país é inestimável e, certamente, deixará importante legado para as próximas gerações de juristas brasileiros.”

ANADEF-A Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (ANADEF) também lamentou a morte do ministro Teori Zavascki.

“Enquanto ilibado membro da Corte Suprema, Teori Zavascki demonstrou conduta idônea ao arbitrar sobre as mais diversas matérias, representando, nesta data, grande perda para a nação à qual deu tantas contribuições”, diz o texto.

A ANADEF demonstrou solidariedade à família do ministro e das demais vítimas do acidente. As informações extraoficiais são de que apenas um dos quatro passageiros que estavam no avião sobreviveu ao acidente. COLABOROU JULIA LINDNER

Luis Roberto Barroso- Foto: reprodução facebook

Luis Roberto Barroso- Foto: reprodução facebook

Luis Roberto Barroso – Para o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), a morte do também ministro da Corte, Teori Zavascki, é uma perda para o País. “O Tribunal perde um juiz especialmente vocacionado. E o País perde um grande homem. Somos todos vítimas de uma trapaça da sorte”, afirmou Barroso em nota divulgada nesta tarde após a confirmação da morte de Teori devido a um acidente de avião que levava o magistrado de São Paulo a Paraty.

“Teori era um homem íntegro, preparado e trabalhador. Perco um amigo querido, que eu recebia em casa com frequência”, afirmou Barroso em nota.

 

Estadão Conteudo