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Saiba quais os cuidados que adultos devem tomar com crianças no verão

No litoral da região, a sensação de liberdade aumenta assim como os índices de acidentes

Região
Por Redação
13 de janeiro de 2017 - 8h00
Foto: Carlos Grevi

Foto: Carlos Grevi

Férias de verão é tempo de se desligar dos estresses do dia-a-dia e relaxar! Muitos mergulham de cabeça nessa ideia e fogem para as praias à procura de calmaria; mas, caso haja crianças em casa, a atenção deve ser redobrada nesse período. Isso porque afogamentos e acidentes de trânsito no Verão são as principais causas de mortes de crianças e adolescentes entre 1 e 14 anos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.

Essa informação pode ser confirmada na região: em fevereiro de 2012, uma menina de 4 anos morreu atropelada por um caminhão em Chapéu do Sol, SJB; em dezembro de 2014, outra menina, dessa vez de 1 ano e 4 meses, morreu afogada na piscina de casa, em Atafona; em fevereiro de 2016, um menino de 1 ano meio também foi à óbito após se afogar em uma bacia no quintal de casa, no distrito de Barcelos, em SJB; e em dezembro do ano passado, outro menino de 4 anos foi atropelado por uma caminhonete em Grussaí.

O que todos os casos têm em comum? Aconteceram com crianças, no litoral de São João da Barra e durante o verão. De acordo com o Ministério da Saúde, acidente de trânsito é a primeira causa de mortes com crianças no país, com um registro de aproximadamente 2.500 mortes por ano. Já afogamento é a segunda maior causa, com cerca de 1.600 mortes anualmente. O órgão também afirma, é na estação mais quente do ano que esses casos acontecem em maior número.

Já a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) aponta que a falta de vigilância do adulto é a maior falha diante dessas situações. Os riscos Neste período de férias, é comum que as famí- lias de Campos e região busquem refúgio do calor excessivo nas praias. E esses são os cenários mais propícios para expor a garotada a situações perigosas, mesmo nos momentos de lazer.

Seja por negligência ou desatenção, o fato é que é determinante que sejam tomadas medidas de segurança para evitar esses acidentes. Ainda de acordo com a APSI, algumas dessas providências que diminuem os riscos aos pequenos são: supervisionar a criança em todas as atividades em que ela esteja envolvida; colocar pulseiras de identificação nos pequenos com nome e telefone, para quando saírem à rua ou à praia; fazer investimentos nas casas de veraneio, como a instalação de alarme e/ou cerca em volta das piscinas; substituição do ralo dessas piscinas ou tanques para evitar sucção; aplicação de travas nos fogões e outros eletrodomésticos e de protetores nas tomadas de energia elétrica; colocação de guardas não escaláveis ou transponíveis em varandas e terraços, etc.

Outras medidas como manter longe do alcance das crianças medicamentos, produtos inflamáveis, corrosivos e/ou de limpeza também são importantes. No entanto, em todo caso, a principal recomendação é para que os pais se mantenham a, no máximo, um braço de distância dos filhos pequenos.

Praia de Grussaí - Verão 2017 - Sol - àgua de Coco - mineral e protetor solar - Foto Carlos GreviSegurança na Praia

O tenente do 5º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM), Pedro Defanti, alertou para os perigos comuns a esta estação do ano. Segundo ele, a praia é o local mais propenso a acidentes neste período. O motivo seria a forte correnteza do mar e o número excessivo de veranistas. “O Verão tem a peculiaridade de ser uma época em que as pessoas da região e também de outros municípios costumam vir para as praias.

O grande fluxo de banhistas representa um perigo maior porque muitos não conhecem o mar e os pontos onde existem valas. Por esse motivo, o Corpo de Bombeiros orienta a todos a tomar banho em áreas em que haja guarda-vidas especializados em salvamento. Eles estão em três pontos principais: no Balneário de Atafona, em Mineiros e próximo ao Polo Gastronômico de Grussaí. Mas mesmo nesses locais, é importante que os pais estejam sempre observando os filhos, porque esses guarda-vidas ficam de olho no mar e na areia.Então é bom que os pais evitem que as crianças cheguem perto da água sem um acompanhante”, explicou.

Quanto às pulseirinhas de identificação, o tenente informou que não é necessário que essa pulseira seja padronizada, basta que contenham nome e telefone do responsável. “Quando a criança tem a pulseirinha, fica mais fácil encontrar os pais e evita transtornos. Mas, caso a crian- ça não tenha essa identificação, a orientação é levá-la até o quartel do Corpo de Bombeiros. Lá, os profissionais entram em contato com os órgãos competentes, como a Delegacia Civil, para que os familiares sejam encontrados”, disse.

Orientação

O tenente também orientou aos pais a procurarem pontos de referência fixos, como casas e árvores, para não se perderem das crianças nas praias. “Muitos avisam os filhos que estão próximos à determinada barraca, mas sabemos que essas barracas podem ser retiradas a qualquer momento e esse pode ser uma razão para que a criança ou os pais se percam. Então busque referências que não possam ser movidas ou removidas”. Ele acrescentou que, em caso de emergência, a população pode ligar para o número 193 a qualquer hora. Para a professora, Flávia dos Santos, antes da diversão está a segurança do seu filho, Caio, de 5 anos. “Eu o oriento todos os dias, não só no verão. Aviso sobre os carros nas ruas, sobre a correnteza do mar, e também sobre o risco de conversar com estranhos. Além disso, desde que ele era menor, já colocava a pulseirinha de seguran- ça, até mesmo quando ele não saía de perto de mim. Mas ele ainda é pequeno e sei que somente o direcionamento não garante a segurança dele. Então eu fico atenta 24 horas por dia, principalmente agora, durante as férias. O portão da nossa casa vive trancado e também não temos piscina, o que diminui o risco. Sei que, quando uma tragédia acontece, os pais não são culpados, mas atenção é algo que nunca é demais”, concluiu