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Genro do pastor Eber Silva fala sobre assalto e como recuperou carro roubado

O pastor e a família foram rendidos por bandidos armados com fuzis. Em entrevista, vítima falou sobre trauma.

Campos
Por Redação
11 de janeiro de 2017 - 8h00
carro

O médico conseguiu uma foto do veículo minutos após ser recuperado pela Polícia (Foto: Reprodução)

O carro do médico Gustavo Crespo, que foi roubado em um assalto que aconteceu na semana passada no Arco Metropolitano no Rio de Janeiro, foi recuperado pela Polícia Militar. A informação é do próprio Gustavo que é genro do Pastor Eber Silva. Os dois viajavam com a família em três carros quando foram rendidos por criminosos armados com fuzil e pistolas. Além do carro de Gustavo, o veículo do Pastor também foi levado, mas ainda não foi localizado pelos policiais.

Gustavo conversou com exclusividade com a equipe de reportagem do Jornal Terceira Via sobre o trágico episódio. Segundo ele, toda a ação dos bandidos aconteceu em cerca de dois minutos, mas para ele e a família “parecia uma eternidade”. O médico contou que ele, a esposa dele, seus dois filhos de 9 e 3 anos, o sogro (Pastor Eber), a sogra, o cunhado (major Leandro Paiva, do Corpo de Bombeiros), a sobrinha, e o primo com a esposa estavam a caminho de Angra dos Reis em três carros. Eles seguiram pelo Arco Metropolitano por volta das 10h30 da manhã da última quinta-feira (5), quando três homens jovens sem camisa entraram na frente dos carros carregando um fuzil AR-15 e outras duas pistolas.

“O carro do primo da minha esposa, Sandro, estava na frente e conseguiu acelerar e passar pelos bandidos, mas eu e o meu sogro, que seguíamos logo atrás, fomos obrigados a parar porque eles pularam na nossa frente. Os assaltantes eram moleques, bem novos, e apontavam as armas para a gente durante toda a ação, ordenando que descêssemos do carro ‘bem rápido’ e foi o que fizemos. Nós só pensávamos nas crianças e pedíamos para que eles tivessem piedade. Ele levaram os carros e, graças a Deus, nos pouparam. Ninguém ficou ferido”, contou Gustavo.

Sandro, que conseguiu fugir do assalto, acionou a Polícia Militar em uma guarita montada a 500 metros do local do assalto, mas Gustavo não soube informar se os bandidos foram presos. O médico contou ainda que, quando desceu do carro, ele conseguiu colocar o seu celular na cintura, mas deixou o aparelho da esposa, Camila, no interior do veículo. Gustavo rastreou o celular da esposa e mandou as informações para a polícia que encontrou o automóvel, um Ford Fusion na cor branca, horas depois. Dentro do veículo estava o fuzil utilizado no assalto.

Gustavo disse que ainda não conseguiu ter acesso ao carro que está apenas com os pneus furados e retido no Pátio Legal em Deodoro, no Rio de Janeiro. De acordo com ele, é necessário agendar a retirada do veículo, além de outras burocracias. Já o carro do Pastor Eber, uma Pajero na cor preta, ainda está desaparecido. O médico esclareceu ainda que os dois veículos tinham seguro.

Cinco dias após o episódio, os dois filhos do médico, netos do Pastor Eber Silva, ainda não se recuperaram do trauma. Segundo Gustavo, o mais velho pediu para que o pai prometesse “nunca mais passar por ali”, já o mais novo, de apenas 3 anos, tem tido pesadelos e dificuldade para pegar no sono. “Esses dias ele me perguntou se poderia ter uma arma para se defender dos homens maus. Isso deixou a gente muito triste porque não queríamos que eles passassem por esse tipo de situação, mas estamos os acalmando e explicando o que houve da melhor maneira possível”, concluiu.