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Em meio à crise, aulas na Uenf recomeçam no fim do mês

Universidade tenta mobilizar sociedade e autoridades para resolver problemas no campus

Campos
Por Thiago Gomes
10 de janeiro de 2017 - 18h00
(Foto: Silvana Rust)

Universidade continua com salários, bolsas de estudo e pagamento de fornecedores em atraso (Foto: Silvana Rust)

A 20 dias do retorno das aulas na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), a reitoria divulgou um balanço das ações realizadas para driblar a grave crise que a universidade enfrenta desde 2015. A última mobilização, em 3 de janeiro, foi oficiar novamente a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação sobre a precariedade da segurança no campus, além dos salários, bolsas de estudo e pagamentos de fornecedores em atraso.

A crise afetou vários setores da universidade, principalmente a segurança, e causou atraso no calendário letivo. No próximo dia 30 está previsto o início das aulas do segundo semestre de 2016. O primeiro semestre deste ano deve começar somente em julho. A empresa que prestava serviço de segurança patrimonial interrompeu as atividades em novembro de 2016 por conta de falta de pagamento e, no primeiro final de semana deste mês, a Uenf foi vítima de vandalismo, com invasão de prédios e depredação de patrimônio.

(Foto: Silvana Rust)

Reitor Luis Passoni classificou 2016 como um ano difícil para a universidade (Foto: Silvana Rust)

Em 2016 o reitor da Uenf, Luis Passoni, enviou ofícios à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, além de carta ao governador interino Francisco Dornelles. Ao todo foram 16 ofícios, que também foram endereçados a autoridades estaduais, à Câmara Municipal de Campos, à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), à Defensoria Pública, ao Ministério Público e à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que doou R$ 1,5 milhões para a Uenf.

“Esses são alguns exemplos das ações e correspondências enviadas. Muitas outras atividades foram desenvolvidas, no intuito de dar visibilidade à situação, bem como promover o debate. O ano de 2016 foi extremamente difícil. Vimos as condições de funcionamento da universidade se deteriorarem, ao ponto de encerrarmos o ano sem os pagamentos dos salários e bolsas relativos a novembro, bem como o 13º salário”, disse o reitor.