Em 2016, pela primeira vez, o Estado do Rio de Janeiro ultrapassou a marca dos 500 transplantes de córnea. A espera para esse tipo de cirurgia, atualmente, é de cerca de um ano e meio. Antes da implantação da criação do Programa Estadual de Transplantes (PET), em 2010, um paciente esperava em média por dez anos.
“Com esse trabalho sólido, nesses seis anos, temos certeza de que continuaremos avançando com o número de doações e transplantes aqui no estado”, disse o coordenador do Programa Estadual de Transplantes, Rodrigo Sarlo.
O transplante é um procedimento ambulatorial, sem necessidade de hospitalização. Mundialmente, o índice de cirurgias bem-sucedidas é alto, podendo chegar a 90%. A córnea pode ser doada tanto nos casos de morte encefálica quanto na morte por parada cardíaca, diferentemente do que ocorre com órgãos como o coração, fígado e rins, que só podem vir de doadores em casos de morte cerebral. Todas as dúvidas ou orientações podem ser respondidas pelo Disque-Transplante: 155.
índice de cirurgias bem-sucedidas é alto, podendo chegar a 90%
Outra ação da Secretaria de Saúde é o Doe+Vida. Em funcionamento desde 2015, é uma campanha permanente para incentivar as pessoas a discutirem o tema da doação de órgãos, disponibilizando o site www.doemaisvida.com.br, além do aplicativo (disponível para Android), que permite compartilhar a decisão de ser doador com amigos e familiares nas redes sociais. A campanha é reforçada com a realização de palestras de conscientização em empresas, instituições públicas e privadas e escolas.
Banco de Olhos
Em 2010, foi inaugurado, em Volta Redonda, região Sul Fluminense, o primeiro Banco de Olhos do Estado, no Hospital São João Batista. Em 2013, a capital ganhou uma unidade, no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into. Apesar de não ser um centro de referência em oftalmologia, o Into foi escolhido para sediar o banco de olhos devido às suas instalações físicas e à experiência no armazenamento de ossos, tendões e ligamentos.