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Quando a picada pode ser o fim

O calor do verão atrai as abelhas africanas que são extremamente agressivas e podem até matar

Geral
Por Redação
26 de dezembro de 2016 - 11h42

É na primavera, por causa das flores, que as abelhas mais se reproduzem. À medida que o verão se aproxima, elas saem das colmeias em busca de uma nova moradia. Por isso, a presença das abelhas na área urbana é tão comum nesta época do ano.

Fatores naturais como calor, flores, frutos e água em abundância propiciam a ocorrência da chamada ‘enxameação’, que é o processo natural de perpetuação da espécie.

Neste processo, metade das abelhas que estão na colmeia saem com a rainha em busca de um novo espaço.

Nesta movimentação, podem atacar pessoas e animais que estiverem no caminho.

De acordo com informações do Sargento Luís do 5º Grupamento de Bombeiros Militar, em Campos, existe uma diferença entre aglomeração de abelhas e a própria colmeia. Como se trata de um animal silvestre e em risco de extinção, a equipe não pode realizar o extermínio delas, nem tem técnica e equipamentos para realizar a remoção. Portanto, o serviço deve ser realizado por um apicultor cadastrado pela defesa civil.

“As abelhas podem estar de passagem e em fase migratória. É importante não mexer no local. Se for observado uma aglomeração em lugares que não são muito comuns, deve-se aguardar pelo menos 24 horas. Elas só atacam quando se sentem ameaçadas. A orientação é não tentar espantá-las com água, fogo ou barulho,” explicou o sargento.

Já o Major Edson Peçanha da Defesa Civil em Campos, explica que existem vários tipos de emergências, no caso do aparecimento de abelhas. Em alguns deles, elas chegam a impedir a entrada e saída de moradores quando se instalam em portões de residências, por exemplo. O aparecimento delas em lugares improváveis é bem comum. Em dezembro de 2015, um semáforo que caiu na Rua Tenente Coronel Cardoso, não feriu ninguém, mas causou pânico, já que uma colmeia estava instalada na base do luminoso e, com a queda, as abelhas se espalharam pela rua, espantando os pedestres e motoristas que passavam pelo local.

No último mês de novembro, um enxame também apareceu em uma lixeira em pleno calçadão do Boulevard Francisco de Paula Carneiro, no Centro de Campos, e assustou as pessoas que passavam pelo local. Ninguém se feriu.

Ainda segundo o Major, elas saem em busca de alimentos nas áreas urbanas, já que o habitat natural sofre com as queimadas e o desmatamento.

Os ataques mais comuns ocorrem com as abelhas do tipo africanas, que são violentas, mas só atacam ao sentirem-se agredidas. Por isso, recomenda-se que a população tome cuidado com movimentos bruscos próximo às colmeias. É preciso evitar que as abelhas sintam-se em situação de ameaça.

No inverno, o número de abelhas numa colmeia fica em torno de 10 mil, já no verão, pode chegar a 100 mil. Nessa época, as abelhas estão mais fortes e em maior número. Por isso, os cuidados devem ser redobrados.
Foto: Carlos Grevi Segundo o apicultor Amaro Alves, da Defesa Civil de Campos, é preciso ter cuidado ao tratar uma picada. E recomenda:

“Nunca devemos tentar tirar o ferrão, puxando-o com os dedos em forma de pinça, pois o veneno é liberado em maior quantidade. O correto é procurar a ajuda de um profissional médico.”

“Ela é perigosa, porque ferra para proteger a rainha e o mel dela, então qualquer barulho já chega para deixá-la nervosa”, explica Amaro.

Para acionar o Corpo de Bombeiros o número é o 193. Já o contato da Defesa Civil em Campos, é o 2735-0109, ou 199.